Julia Roberts: a superpremiada estrela de um clássico da defesa do meio ambiente. Foto / Reprodução

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

5 de junho foi o Dia Mundial do Meio Ambiente, por isso escolhi comentar um dos filmes que tão perfeitamente reproduziu os fatos reais: “Erin Brockovich – Uma Mulher de Talento”, o drama de US$ 333 milhões de uma poderosa empresa que ocultava a contaminação de um lençol freático que abastecia uma pequena comunidade norte-americana.

Erin (Julia Roberts: “Uma Linda Mulher”, “Um Lugar Chamado Notting Hill”, “Comer, Rezar, Amar” e tantas outras excelentes atuações) é uma mulher pobre, desempregada, bonita e de aparência vulgar, que luta pela sobrevivência de seus três filhos pequenos.

Após perder um processo na justiça, Erin procura emprego no escritório do advogado que a defendeu, Ed Masry (Albert Finney: “Um Bom Ano”, “Peixe Grande e Suas Histórias”, “Doze Homens e Outro Segredo”). Inteligente e determinada, ela o convence com bons argumentos. Mesmo sem possuir os conhecimentos de uma advogada, ela encontra prontuários médicos arquivados numa pasta de litígio imobiliário e passa a investigar o caso –com o consentimento de Ed–, descobrindo que a água que abastece uma pequena cidade da Califórnia está sendo contaminada e espalhando doenças entre seus moradores.

A cada dia mais envolvida com o trabalho e a pesquisa, Erin vive a história de cada queixoso como se fosse sua, culminando com um caso de centenas de autores contra a empresa PGE – Gás e Eletricidade do Pacífico, que vinha cometendo crimes ambientais que resultaram em mortes, má-formação, câncer e diversas outras doenças nos habitantes locais.

O filme rendeu a Julia Roberts vários prêmios de melhor atriz no ano de 2001: Oscar, Bafta, Critics’ Choice Movie Award, Golden Globe Award, National Board of Review Award e Screen Actors Guild Award. (Curiosidade: a verdadeira Erin Brockovich faz uma ponta no filme, como a garçonete que aparece no início da história.)

O filme emociona do início ao fim e nos faz relembrar a importante lição de humanização: a vida do outro, sim, importa! Traga a família, a pipoca e a caixinha de lenços. Disponível na Netflix.

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Séries

‘Famoso… na França’

O francês Gad se intromete nas diferenças culturais entre ingleses e norte-americanos. Foto / Reprodução

Esta é mais uma boa comédia da Netflix que, de modo um tanto leve, procura mostrar o choque de cultura entre ingleses e norte-americanos. O protagonista faz o papel dele mesmo: o comediante francês Gad Elmaleh (“Meia-noite em Paris”, “O Capital”, “Cada um Tem a Gêmea que Merece”). Mesmo sendo um dos mais famosos comediantes na França, o divorciado Gad se vê numa crise existencial e decide embarcar para os EUA, onde mora o filho Luke (Jordan Ver Hoeve: “Boss Cheer”, “Exploted”), a quem tenta reconquistar.

Entretanto, descobre que naquele país ele é um ilustre desconhecido, o que lhe rende situações constrangedoras –mas divertidas para o telespectador–, especialmente com a participação do assessor-motorista-faz-tudo, o oriental Brian (Scott Keiji Takeda: “Cardinal X”, “Evergreen”).

O desequilíbrio cultural entre os dois países se faz claro, com crítica inteligente às diferenças, do idioma ao comportamento. A série faz referências à cultura pop, ao entretenimento e à gastronomia, com participações especiais de algumas celebridades dos EUA e da França, interpretadas por si mesmas, como Jerry Seinfeld, Jean Paul Gaultier, dentre outros.

Se quiser maratonar, são apenas oito episódios de até 30 minutos!

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> Tila Pinski é jornalista (MTb 13.418/SP), redatora e revisora de textos, coordenadora editorial e roteirista. Cinéfila, reside há 11 anos na Vila Ema.

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