Sandra Bullock é a estrela do filme, que mistura drama e suspense. Foto / Divulgação

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Disponível na Netflix, o filme “Premonições” (“Final Destination”, de 2007) é corretamente classificado como drama e suspense, ainda que o título possa levar o telespectador a esperar um gênero de terror; tem um quê de sinistro, sim, mas não chega a ser de terror.

Ao receber repentinamente a notícia da morte de seu marido num trágico acidente, a mãe e dona de casa Linda (Sandra Bullock: “A Proposta”, “Imperdoável”, “Um Sonho Possível”) fica fortemente abalada. O seu estado psicológico a prende numa verdadeira teia entre o real e o imaginário, especialmente a partir do dia seguinte, quando encontra Jim (Julian McMahon: “Quarteto Fantástico”, “Visões de um Crime”, “Red – Aposentados”) em casa, mantendo a rotina entre o trabalho e a família.

Ainda que o diretor e roteirista Mennan Yapo (“Adeus, Lênin”, “Soundless”) exagere um pouco no vai e volta da linha do tempo, não desista: quando você acha que se deparou com o enredo óbvio, será surpreendido com novos e velhos fatos que farão com que a protagonista questione a própria sanidade mental.

Um filme intrigante, que consegue carregar o clímax até a última cena. Quer uma dica? Prepare uma bacia de pipoca… das grandes!

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Documentário

Título mais que apropriado: o documentário é mesmo de tirar o fôlego. Foto / Divulgação

De tirar o fôlego

Laura McGann é a roteirista e diretora desse documentário que conta a história de alguns praticantes de mergulho livre, um esporte de altíssimo risco. Ele difere do mergulho autônomo porque é praticado sem o tanque de oxigênio, exigindo rigoroso treinamento dos atletas para segurar a respiração por períodos longos. Esse esforço pode levar a graves lesões, inclusive ao colapso dos pulmões, por isso é um esporte que exige força física, preparo mental e confiança nas pessoas ao redor, dentro e fora d’água.

“The Deepest Breath” (título original) acompanha a italiana campeã de mergulho livre, Alessia Zecchini, e o irlandês Stephen Keenan, um mergulhador no auge da carreira; ela, teimosa e obstinada, encontra no talentoso instrutor de segurança a dedicação, confiança e treinamento fundamentais para o seu sucesso, levando-a à quebra de recordes mundiais no esporte, chegando a alcançar 102 metros de profundidade.

Em alguns momentos o espectador pode se pegar prendendo o fôlego para tentar entender uma minúscula parte do que é esse esporte, mas nada se compara à pressão sofrida pelos atletas debaixo da água, algo explicado em detalhes durante o documentário.

As cenas são belíssimas e é impossível não se emocionar com o final surpreendente no mais perigoso local de mergulho livre, o Blue Hole: um túnel de 93 metros de profundidade, abaixo do Mar Vermelho, no Egito.

A Netflix premia seus assinantes: confira!

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> Tila Pinski é jornalista (MTb 13.418/SP), redatora e revisora de textos, coordenadora editorial e roteirista. Cinéfila, reside há 11 anos na Vila Ema.

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