Em fevereiro, a taxa ficou em 0,83%; análise do Ipea prevê inflação anual de 4% durante todo o ano de 2024, resultado dentro da meta do Banco Central
DA REDAÇÃO*
A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), recuou para 0,16% em março deste ano. Em fevereiro, a taxa ficou em 0,83%. Já em março do ano passado, o índice registrado foi 0,71%.
Com o resultado, o IPCA acumula taxa de 1,42% no ano e de 3,93% em 12 meses, segundo dados divulgados na quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A inflação de março foi puxada pelo grupo de despesas de alimentação e bebidas, cujos preços subiram 0,53% no mês.
‘Desinflação’
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estimou, no final de março, que a inflação oficial do país terminará 2024 em 4%. A projeção está dentro da meta do Banco Central (BC), que é de 3% com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
O dado faz parte da análise trimestral feita pelo Ipea, que manteve a expectativa anunciada em dezembro. A estimativa do órgão ligado ao Ministério do Planejamento e Orçamento se refere ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
No entanto, os pesquisadores não descartam que possam haver fatores internacionais que causem mudança de rumos na inflação, como mais crescimento no exterior e fim de conflitos armados que mexem com cadeias de suprimentos.
O Ipea identifica um processo de desinflação da economia brasileira. Para justificar essa observação, o instituto aponta que “em fevereiro, a inflação acumulada em 12 meses recuou pelo quinto mês consecutivo, atingindo a taxa de 4,5%”. Essa taxa está 1,1 ponto percentual abaixo da registrada no mesmo período de 2023. O ano passado terminou com IPCA de 4,62%.
O estudo traz projeções também para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que terminaria 2024 em 3,8%. O INPC apura a elevação do custo de vida de famílias com renda de um a cinco salários mínimos, enquanto o IPCA estende a amostra para até 40 salários mínimos.
*Com informações da Agência Brasil.