Foto / SuperBairro/Reprodução 
O UOL, maior portal de notícias do Brasil, publicou faz uns dias uma reportagem sobre o projeto “Tem no Limão”, que foi implantado há cinco anos no tradicional bairro do Limão, na cidade de São Paulo. A reportagem descreve o sucesso do projeto de jornalismo comunitário do seu criador, o jornalista Guilherme Fuoco, que deixou um emprego bacana na TV Globo para informar os moradores do bairro onde nasceu, o Limão.
Vários colegas jornalistas, e amigos de um modo geral, fizeram questão de me enviar o link da reportagem. “É praticamente o mesmo que você está fazendo”, disse uma colega jornalista de muitos anos. “Tá vendo que esse projeto pode decolar muito ainda?”, apoiou um outro colega. Disse a eles e a todos os demais: “É isso, pô!”.
Quero dizer que fico contente ao ver um projeto de jornalismo comunitário, que eu também chamo de jornalismo hiperlocal, ter sucesso neste mundo de redes sociais, influenciadores e espalhadores de notícias falsas em que estamos vivendo. Mostra que nem tudo está perdido.
Nos três anos e quase três meses de vida do SuperBairro, como criador e editor deste portal de notícias, tenho mil motivos para comemorar o retorno que tem vindo dos nossos seguidores, entre eles, você. É muito bacana saber que, aos poucos, o conceito de jornalismo focado em uma comunidade segmentada é uma das tendências do jornalismo mundial.
E vou explicar por que o jornalismo hiperlocal é necessário. No momento em que escrevo esta crônica/artigo, por volta de 21h30 de terça-feira (11), as principais notícias do maior portal do país, o UOL, são: “Haddad sofre nova derrota e vê mudança em PIS/Cofins ser devolvida após uma semana”; “Câmara aprova ‘taxa das blusinhas’ para compras de até US$ 50 em sites estrangeiros”; “Hamas diz aceitar termos gerais de plano dos EUA para cessar-fogo na Faixa de Gaza”.
Também neste momento, o site do jornal do veículo de comunicação mais tradicional do Vale do Paraíba, “O Vale”, traz as seguintes principais notícias: “Pitbull deixa casal em estado grave após ataque em Ubatuba”; “Vídeo: Mulher é morta pelo noivo dias após pedido de casamento”; “Vídeo: Polícia apura versão de adolescentes sobre bebê em SJC”.
Peço perdão aos meus “pingados” leitores por esse blablablá. Mas hoje vocês precisam ler para entender por que nós estamos interagindo, emitindo informação e opinião, e vocês, recebendo esse conteúdo.
No mesmo horário, quem abrir o site www.superbairro.com.br, vai ler os seguintes destaques: “Ainda dá tempo de curtir os eventos em SFX e no Vicentina”; “O sábado tem Festa do Tropeiro e Mais Gastronomia”; “SJC tem campanha de vacina contra 4 doenças em junho”.
Se quiser focar ainda mais na região do SuperBairro, você vai ler o seguinte: “Alpha Lumen recebe doações para o RS no Esplanada”; “Após corte de fios na Vila Ema, Vivo recupera sua internet”; “SuperBairro tem sofrido com falta de energia elétrica”.
Aos leitores mais atentos, concordo que as notícias da região do centro expandido e de bairros da região oeste colados nele –que o SuperBairro se propõe a cobrir com uma editoria especial–, são mais esparsas que o que acontece a cada dia no país e no mundo. Mas respondo a vocês: os grandes jornais, sites, emissoras de TV e rádio nunca irão noticiar o que interessa somente a quem mora nesta nossa região.
Depois de todo esse “convercê”, digo que a notícia do sucesso do projeto “Deu no Limão”, lá da capital, me deixou ainda mais otimista com o projeto do SuperBairro. Clique [aqui] e conheça como o “Tem no Limão” está provando a importância do jornalismo comunitário.
Aos três anos de vida, o portal SuperBairro ganha novos seguidores todos os dias. É assim que nós vamos chegar cada vez mais longe na imprensa de São José dos Campos.
Peço que você continue seguindo o SuperBairro. Curta nossos textos, comente o que quiser –a favor ou contra– e compartilhe para que seus amigos sejam nossos novos seguidores.
Estamos no caminho certo. Vamos juntos!
> Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 48 anos. É editor do SuperBairro. Mora na Vila Guaianazes há 23 anos.
