Macaé Evaristo foi convidada por Lula, aceitou e deve ser nomeada ainda nesta segunda-feira; enquanto isso, prosseguem as investigações sobre o ex-ministro Silvio Almeida
DA REDAÇÃO*
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai nomear a deputada estadual mineira Macaé Evaristo, também filiada ao partido, para o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. A parlamentar e ex-secretária de Educação de Minas Gerais esteve no Palácio do Planalto nesta segunda-feira (9) e a nomeação será publicada ainda hoje em edição extra do Diário Oficial da União.
“Hoje convidei a deputada estadual Macaé Evaristo para assumir o ministério dos Direitos Humanos e Cidadania. Ela aceitou. Assinarei em breve sua nomeação. Seja bem-vinda e um ótimo trabalho”, afirmou Lula, em postagem nas redes sociais.
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania está interinamente sob a responsabilidade da ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck. Na sexta-feira (6), o então titular da pasta, Silvio Almeida, foi exonerado após denúncias de assédio moral e sexual. Almeida nega as acusações.
Macaé Evaristo é graduada em Serviço Social, tem mestrado em Educação e é doutoranda na mesma área pela Universidade Federal de Minas Gerais. A nova ministra dos Direitos Humanos é professora da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte, onde atuou na coordenação e direção de escola pública.
A parlamentar foi gerente de coordenação da Política Pedagógica, secretária adjunta e secretária municipal de Educação de Belo Horizonte, no período de 2004 a 2012. Foi professora do Curso de Magistério Intercultural Indígena e coordenou o Programa de Implantação de Escolas Indígenas de Minas Gerais no período de 1997 a 2003.
Macaé Evaristo também atuou como secretária de Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação e foi secretária de Educação de Minas Gerais no período de 2015 a 2018.
Investigado
A substituição do ministro Sílvio Almeida ocorre no primeiro dia útil após sua demissão. Ele estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, Almeida se projetou ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.
As denúncias contra o ministro foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde de quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirmou que atendeu mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.
Horas após as denúncias virem a público, ele foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso.
*Com informações da Agência Brasil.