Fogo consome área de proteção ambiental do Parque Nacional de Brasília. Foto / Marcelo Camargo/Agência Brasil

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Polícia Federal investiga possibilidade de incêndio criminoso; há 146 dias não chove no Distrito Federal, próximo do recorde de 163 dias de estiagem em 1963

 

DA REDAÇÃO*

O fogo que atinge o Parque Nacional de Brasília e deixou parte da capital do país tomada pela fumaça segue avançando nesta segunda-feira (16) com três focos ativos. O incêndio já consumiu 700 hectares da área de proteção ambiental, informou o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Uma densa e escura coluna de fumaça pode ser vista saindo do parque. Com 146 dias sem chuvas este ano no Distrito Federal (DF), o tempo quente e seco dificulta o trabalho das equipes e facilita a propagação das chamas. O último período em que o Distrito Federal enfrentou uma seca mais aguda foi em 1963, com 163 dias sem chuvas, informou o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

O coordenador de Manejo Integrado do Fogo do ICMBio, João Morita, disse que 93 combatentes de instituições como ICMBio, Corpo de Bombeiros e PrevFogo estão lutando contra as chamas com a ajuda de um avião e um helicóptero. O incêndio começou por volta das 11h30 desse domingo (15) e não há previsão de quando deve ser controlado. As equipes suspenderam os trabalhos por volta das 22h de domingo, retornando às 6h desta segunda-feira.

Devido à baixa qualidade do ar nas áreas próximas do parque, a Secretaria de Educação do Distrito Federal autorizou a suspensão das aulas nas escolas. A cidade amanheceu com forte cheiro de fumaça e baixa visibilidade.

Três agentes da Polícia Federal (PF) estiveram no Parque de Brasília nesta manhã para investigar a origem do fogo. Na avaliação de Morita, como não houve raios na região, a principal hipótese é de incêndio criminoso.

APOIO / SUPERBAIRRO

Baixa umidade

O Inmet emitiu nesta segunda um alerta de baixa umidade em áreas dos estados de Mato Grosso, Goiás e Tocantins, na região Centro-Oeste. Com grau de severidade “grande perigo”, o aviso diz que o horário mais crítico é a partir das 14h.

A previsão é a umidade relativa do ar ficar abaixo de 12% nas seguintes regiões: centro, leste, norte, noroeste e sul goiano; nordeste e norte mato-grossense; e ocidental e oriental do Tocantins.

Em SP

O estado de São Paulo tem cinco municípios com incêndios em andamento nesta segunda-feira, segundo informou a Defesa Civil estadual. Dez aeronaves estão auxiliando o trabalho de contenção das chamas feito pela Defesa Civil e Corpo de Bombeiros. Os aviões estão divididos entre os municípios de Bananal –na RMVale–, Mococa, Tapiratiba, Itirapuã e Castilho.

Segundo o boletim diário da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), as condições meteorológicas para as próximas 24 horas na região metropolitana de Campinas, norte e centro-oeste do estado são favoráveis à dispersão de poluentes. A qualidade do ar está entre boa e moderada.

Na região metropolitana de São Paulo, as condições são as mesmas, porém a qualidade do ar é boa. “A atuação de uma área de instabilidade associada a uma frente fria entre os litorais de São Paulo e do Rio de Janeiro ocasionará nebulosidade variável e boa ventilação, com possibilidade de chuvas esparsas, principalmente na faixa leste do estado”, diz a Cetesb, referindo-se à região metropolitana do Vale do Paraíba.

 

*Com informações da Agência Brasil.

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