Após a chuva de sexta-feira, 2,1 milhões de imóveis ficaram sem luz na Região Metropolitana de São Paulo. Foto / Paulo Pinto/Agência Brasil

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Prioridade foi determinada pelo Ministério de Minas e Energia; Procon notifica Enel para se explicar em 48 horas e recebe reclamações da população

 

DA REDAÇÃO*

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta segunda-feira (14), na capital paulista, que a prioridade do momento para o governo federal é restabelecer a energia elétrica para os mais de 400 mil imóveis em São Paulo e região metropolitana que continuam sem luz depois do temporal que atingiu a região na sexta-feira (11).

Segundo o ministro, além da Enel, responsável pela distribuição da energia para as áreas afetadas, que tem 1.400 profissionais atuando para restabelecer o serviço, o trabalho será reforçado pelos profissionais de outras empresas concessionárias de energia do país.

“Somados às distribuidoras CPFL, Enel, EDP, ISA CTEEP, Eletrobras, Light, Energisa, que estão aqui hoje [segunda-feira], nós estamos ampliando de 1.400 funcionários da Enel para 2.900 profissionais, além de mais de 200 caminhões para apoiar essas equipes, fora os caminhões da própria Enel e mais de 50 equipamentos nessa força-tarefa”, anunciou em entrevista na sede da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Silveira informou ainda que determinou à Enel que o fornecimento de energia seja normalizado em três dias. A empresa havia informado que não havia prazo para que a população tivesse a energia restabelecida. “Eu disse à Enel que ela cometeu um grave erro de comunicação e de compromisso contratual com a sociedade de São Paulo em não dar um prazo objetivo. A Enel tem três dias para restabelecer a maior parte da energia do povo de São Paulo”, afirmou.

O ministro também criticou a concessionária e o setor de energia por reduzir a mão de obra qualificada e disse que as distribuidoras sofrerão penalidades se não melhorarem a frequência e a duração de eventos como esses.

O temporal que atingiu a cidade de São Paulo começou por volta de 19h30 de sexta-feira, deixando vários bairros da cidade sem luz, afetando inclusive a distribuição de água. Até sábado (12), sete pessoas haviam morrido no estado em virtude das chuvas, sendo três em Bauru e quatro na região metropolitana da capital.

APOIO / SUPERBAIRRO

Procon notifica

O Procon de São Paulo notificou a Enel nesta segunda-feira para que a empresa preste esclarecimentos sobre o apagão que ainda atinge, desde sexta-feira, 400 mil imóveis. Na sexta-feira, 2,1 milhões de casas ficaram sem luz.

O Procon deu prazo de 48 horas para que a concessionária encaminhe esclarecimentos sobre o atendimento aos consumidores e as providências operacionais adotadas para atender à emergência.

Os consumidores da capital que quiserem registrar reclamação relacionada à falta de energia elétrica poderão contar, a partir desta terça-feira (15), com novos postos avançados do Procon –além dos locais tradicionais de atendimento, que podem ser consultados no site da instituição.

 

*Com informações da Agência Brasil.

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