Foto / Marcelo Camargo / Agência Brasil

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Fui votar no primeiro turno, na Etep, em São José dos Campos, na volta desci a ladeira para casa.  Era tanto santinho no chão, formando um tapete, que acabei escorregando e dando com a poupança no chão. Sequelas da democracia, não?

Efetivamente, não. Mau serviço prestado pelos sujismundos eleitorais.

Toda eleição é a mesma coisa: grande parte dos candidatos e seus prepostos, os cabos eleitorais, inunda a cidade com a propaganda em forma de folhetos e no dia da eleição acaba fazendo um oba-oba, jogando para cima todos os papéis e santinhos de sobra, poluindo a cidade. Difícil para a limpeza pública, tormentoso para os incautos idosos como eu, entopem as galerias de águas pluviais, enfim, infernizam a todos.

Esses santinhos de hoje são terríveis pela quantidade e pelo mau uso. Lembro-me daqueles de antigamente, da década de 1950, que parece que não incomodavam tanto, a gente esquece.

Pelo menos havia os brindes, do Jânio Quadros, a vassourinha, símbolo da campanha de combate à corrupção; a do Adhemar de Barros era o galinho. Assim os outros candidatos. Em São José dos Campos encantavam os pintinhos do Laerte Pinto, deputado estadual. Esses ninguém jogava fora.

APOIO SUPERBAIRRO

Eleitores, alguns, também têm parcela de culpa, recebem os santinhos e logo em seguida lançam tais papeizinhos no chão. Costumo receber essa propagando escrita, até para não aborrecer a pessoa que distribui e depois discreta e oportunamente dispenso-a numa lixeira. Não só santinhos de candidatos, mas toda propaganda comercial por folhetos. Assim procede a maioria, no entanto há os mal-educados.

Talvez seja o caso de se proibir tal meio de propaganda eleitoral e estabelecer punições mais severas. Não sei.

Tia Filoca tem a sua solução:

− Por mim, tinha de obrigar essa gente a limpar as ruas. Eu daria uma vassoura para cada estafermo desses e faria com que varressem tudo, até não sobrar nada. E ai deles se sobrasse algum papelucho. Pestes!

 

> José Roberto Fourniol Rebello é formado em direito. Atuou como juiz em comarcas cíveis e criminais em várias comarcas do estado de São Paulo. Nascido em São Paulo, vive em São José dos Campos desde 1964, atualmente no Jardim Esplanada. Participou do movimento cultural nascido no município na década de 60.

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