Altas na indústria e comércio foram principais responsáveis pela queda do desemprego no último trimestre. Foto / Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Sendo a pesquisa PNAD Contínua, do IBGE, esta é a segunda menor taxa de desocupação desde 2012; total de trabalhadores no país subiu para 103 milhões

 

DA REDAÇÃO*

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 6,4% no trimestre de julho a setembro deste ano. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou os dados nesta quinta-feira (31), “essa é a segunda menor taxa de desocupação da série histórica da PNAD Contínua do IBGE, iniciada em 2012, superando apenas a taxa do trimestre encerrado em dezembro de 2013 (6,3%)”.

O resultado é 0,5 ponto percentual (p.p.) menor comparado ao período anterior, de abril e junho, quando ficou em 6,9%. Em relação ao mesmo trimestre de 2023, a queda é 1,3 p.p. Naquele momento a taxa era 7,7%.

A definição de população desocupada é o número de pessoas que não estavam trabalhando e procuravam por uma ocupação. Entre julho e setembro, esse grupo foi calculado em 7 milhões de pessoas.

O número de trabalhadores do país registrou novo recorde da PNAD Contínua ao subir para 103 milhões. O crescimento da população ocupada avançou 1,2% no trimestre, ou mais 1,2 milhão de trabalhadores. Na comparação anual, aumentou 3,2%, percentual equivalente a mais 3,2 milhões de pessoas ocupadas.

Indústria e comércio

A pesquisa mostrou que o aumento da ocupação no trimestre foi puxado pelo desempenho da indústria (3,2%) e do comércio (1,5%). Na comparação trimestral, esses dois grupamentos de atividade absorveram 709 mil trabalhadores, sendo 416 mil da indústria e 291 mil do comércio. Outro recorde foi na população ocupada no comércio que atingiu 19,6 milhões de pessoas. Com exceção da agropecuária, que teve recuo de 4,7% na população ocupada, os demais grupamentos permaneceram com estabilidade na comparação trimestral.

APOIO SUPERBAIRRO

Rendimento

No trimestre terminado em agosto, o rendimento médio real das pessoas ocupadas ficou em R$ 3.227. O valor, conforme o IBGE, não mostrou “variação estatisticamente significativa frente ao trimestre móvel anterior”. Na comparação com o mesmo trimestre móvel de 2023, apresentou alta de 3,7%.

A massa de rendimentos, que é a soma das remunerações de todos os trabalhadores, atingiu R$ 327,7 bilhões. Esse resultado mantém a estabilidade no trimestre e cresce 7,2% na comparação anual.

PNAD Contínua

De acordo com o IBGE, a pesquisa é a principal que analisa a força de trabalho do país. A amostra abrange 211 mil domicílios, espalhados por 3.500 municípios visitados a cada trimestre. Cerca de 2 mil entrevistadores trabalham na pesquisa, integrados à rede de coleta de mais de 500 agências do IBGE.

 

*Com informações da Agência Brasil.

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