Equipe médica que cuida do presidente disse que embolização já estava prevista desde a primeira cirurgia; objetivo é evitar novos sangramentos
DA REDAÇÃO*
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva será submetido a um novo procedimento nesta quinta-feira pela manhã, informou o Hospital Sírio-Libanês em boletim divulgado às 16h30 de quarta-feira (11). Ele fará uma embolização de artéria meníngea média, um procedimento endovascular.
Em nota assinada pelos médicos Luiz Francisco Cardoso e Álvaro Sarkis, o hospital informou que Lula permanece sob cuidados intensivos e que passou o dia bem, sem intercorrências. O presidente realizou fisioterapia, caminhou e recebeu visitas de familiares.
“Como parte da programação terapêutica, fará complementação de cirurgia com procedimento endovascular (embolização de artéria meníngea média) amanhã, pela manhã”, diz o texto do boletim do hospital Sírio-Libanês, onde Lula está internado.
De acordo com a assessoria de imprensa da Presidência da República, o procedimento não é uma nova cirurgia nem será realizado no centro cirúrgico. O procedimento é um cateterismo e “parte protocolar” da cirurgia já realizada.
Histórico
O presidente sentiu dores de cabeça na noite de segunda (9) e, depois de exames feitos no hospital Sírio-Libanês, em Brasília, foi transferido para a unidade de São Paulo.
Na madrugada de terça-feira (10), Lula foi submetido a uma trepanação para drenar uma hemorragia intracraniana, consequência de um acidente doméstico sofrido pelo presidente em 19 de outubro, quando caiu no banheiro da residência oficial e bateu com a cabeça.
Procedimento previsto
A médica Ana Helena Germoglio, da equipe que cuida da saúde do presidente disse que a embolização de artéria meníngea média à qual Lula será submetido já estava prevista desde o “momento zero” da cirurgia, feita na madrugada de terça-feira (10).
“Desde o momento zero, dentro do centro cirúrgico, já existia essa programação. O que faltava era a gente bater o martelo em qual dia ou em qual momento seria a melhor hora de fazer, que foi discutido hoje”, disse a médica, em entrevista coletiva ao lado de Roberto Kalil Filho, médico de Lula, no hospital Sírio-Libanês, onde o presidente está internado.
A equipe explicou que o procedimento será feito para minimizar o risco de que pequenas artérias da meninge do presidente voltem a sangrar no futuro.
*Com informações da Agência Brasil.