Avibras informou que deve receber resposta de empresa saudita em 45 dias. Foto / Avibras/Divulgação

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Empresa comunicou o Sindicato dos Metalúrgicos sobre a negociação; segundo a entidade, funcionários estão há 22 meses sem receber salários

 

DA REDAÇÃO

A indústria aeroespacial Avibras comunicou ao Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos que está em negociações avançadas com a empresa Black Storm Military Industries, da Arábia Saudita, para viabilizar um potencial investimento na recuperação econômico-financeira da empresa.

O anúncio foi feito no final de janeiro ao presidente do sindicato, Weller Gonçalves, pelo gerente de Gestão de Pessoas e de Administração da Avibras, Cláudio Motta. Segundo Motta, a intenção de venda já foi assinada, mas há um prazo de 45 dias para que o processo seja concluído.

Um comunicado por escrito também foi enviado aos trabalhadores: “Esta parceria [com a empresa saudita] visa manter suas instalações de fabricação no Brasil, retomando as operações o mais rápido possível e garantindo o cumprimento das obrigações da empresa com o governo brasileiro e demais clientes, seus credores e, especialmente, os colaboradores da Avibras”, diz o texto.

O sindicato enviou ofício à Avibras solicitando uma reunião em caráter de urgência. Em 2024, tratativas aconteceram com a australiana DefendTex e com um investidor nacional, mas nenhuma delas foi concluída.

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Salários atrasados

Segundo o sindicato, há quase três anos a entidade “está na luta em defesa dos empregos e salários dos trabalhadores e pela permanência da Avibras no Brasil. Os funcionários completam, em fevereiro, 22 meses sem receber seus salários”.

O sindicato anunciou que, em breve, irá convocar uma assembleia dos funcionários da Avibras “para que sejam definidos os encaminhamentos diante dessa nova possibilidade de venda da empresa”.

A entidade informou que continua cobrando do governo federal medidas que levem à regularização dos salários e à permanência da Avibras no Brasil, considerando-se que se trata de uma empresa estratégica para a soberania do país.

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