Operação foi reiniciada após reunião convocada pela Prefeitura com os proprietários de estabelecimentos noturnos acusados de perturbação do sossego
DA REDAÇÃO
O último fim de semana foi mais tranquilo na região de bares e adegas da avenida Heitor Villa-Lobos, entre a Vila Ema e a Vila Guaianazes. O alívio veio após reunião de proprietários dos estabelecimentos com a Prefeitura, na última sexta-feira (7), e o retorno da atuação do policiamento e de agentes da mobilidade urbana com blitz no trânsito.
Na reunião da sexta-feira com o secretário Rafael Silva e assessores da Secretaria de Proteção ao Cidadão (Sepac), “discutiram-se ações que os empreendedores podem adotar para minimizar o impacto das atividades comerciais no entorno, especialmente em relação às reclamações de perturbação do sossego registradas no canal 156”, informou a Prefeitura.
A Prefeitura acrescentou que o encontro teve por objetivo debater melhorias no funcionamento dos estabelecimentos, visando reduzir os transtornos à vizinhança com o respeito à legislação vigente.
Os comerciantes foram orientados a fechar os estabelecimentos, na sexta (7) e sábado (8), às 22h para venda e consumo nas calçadas. No caso de mesas internas, o horário de funcionamento pôde ser mantido, desde que não houvesse saída com bebidas.
Segundo um dos participantes, uma nova reunião com a Prefeitura está convocada para a próxima sexta-feira (14), às 14h.
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Blitzes voltam
Moradores do entorno dos estabelecimentos voltaram a reclamar de perturbação do sossego desde que as ações da Prefeitura no local deixaram de ser realizadas, nos meses de novembro e dezembro. Antes, durante cerca de dois meses, houve intervenções semanais para evitar excessos, como veículos e motos em alta velocidade, ruído, ocupação de calçadas e de parte das ruas, entre outras irregularidades.
Em nota, a Prefeitura negou a paralisação das blitzes de trânsito no local. “Importante esclarecer que as blitzes não deixaram de ocorrer nos bairros. A Guarda Civil Municipal (GCM), os agentes da Mobilidade Urbana e a fiscalização municipal continuam realizando ações na região”, argumentou.
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‘Copões’
O empresário Valcir Resteli, um dos proprietários do bar Espetinho da Ema, que funciona na Vila Guaianazes há 17 anos, disse ao SuperBairro que seu estabelecimento é um defensor da fiscalização e das ações de segurança no bairro.
“Tem vindo um pessoal de fora, que não é cliente, e acaba ocupando as ruas”, explicou Resteli. “Nestes 17 anos, nós nunca precisamos manter segurança, mas hoje temos problemas. Além disso, mesmo com tanta gente, faturamos cada vez menos”, lamentou.
O comerciante atribuiu o início dos problemas na área à venda de bebidas em “copões”, que permitem que os clientes se espalhem pelo entorno e fiquem até a madrugada, mesmo após o fechamento dos bares. “Não dá para entender porque mantêm a venda nesses copões”, concluiu.
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