O Acorda Peão atualizou seu estoque de críticas para o Carnaval deste ano. Foto / SuperBairro 
O bloco já tem 27 anos de história no Carnaval de São José. Vídeo / SuperBairro
Mantendo a tradição de levar temas sociais para as ruas durante o Carnaval, o bloco abordou o transporte público em SJC, meio ambiente e deportações de brasileiros pelos EUA
DA REDAÇÃO
Como faz há 27 anos, o bloco Acorda Peão fez sua passagem pelas ruas do Centro levando protestos e reivindicações sem perder o bom-humor e a alegria do Carnaval. No sábado (1º), como quase sempre ocorre, o alvo principal das críticas foi o prefeito da cidade. O Acorda Peão é ligado ao Sindicato dos Metalúrgicos de São José.
O samba-enredo do bloco abordou a questão do transporte público, reivindicando tarifa zero para o sistema. O Acorda Peão criticou o prefeito Anderson Farias (PSD) de, em fevereiro, ter autorizado um aumento de 20% no preço da passagem, que passou para R$ 6.
Outra crítica teve como tema as ações da Prefeitura para retirar as famílias da comunidade Nova Esperança, nome oficial da tradicional favela do Banhado. O projeto de concessão do Parque da Cidade à iniciativa privada também foi questionado.
Não faltou espaço para mencionar as mudanças climáticas provocadas pela ação do homem, além de uma alegoria representando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O político de extrema-direita foi criticado pelas deportações em massa de imigrantes que vem promovendo.
Desde 1998
Criado pelo Sindicato dos Metalúrgicos, o bloco saiu no Carnaval pela primeira vez em 1998, com o nome de Se Liga Brasil, com o propósito de alertar os trabalhadores a se organizarem em defesa de seus direitos. Segundo a entidade, atualmente o Acorda Peão é gerido por sindicatos e movimentos populares.
A direção do bloco estimou que cerca de 600 foliões participaram da passagem do Acorda Peão nesse ano, saindo da sede do sindicato por volta das 10h30 para percorrer as principais ruas do Centro histórico.
ÁLBUM DE IMAGENS
Fotos / SuperBairro
