Já imaginou você estar transmitindo uma live e de repente despencar um monte de coisas sobre a sua mesa porque a sua gata decidiu andar em cima de um armário próximo? Ou você ter que ficar sorrindo e conversando com o chefe numa chamada de vídeo enquanto leva mordidinhas na mão da sua cachorra, que quer a sua atenção? Ou ainda ficar impossibilitada de usar o mouse porque está servindo de banco para o seu gato que se recusa a sair?
Pois então, para inaugurar a minha coluna resolvi abordar um tema que chamou a atenção durante esses tempos de #fiqueemcasa: os pets e o home office. E olha que tem muitas, mas muitas histórias divertidas desses nossos amigos que viraram, de uma hora para outra, nossos colegas de trabalho.
Uma coisa é certa: basta ligar a câmera e começar uma conversa ou reunião de trabalho que os bichinhos se transformam, fazendo de tudo para chamar a atenção de seus tutores. Pelo menos é isso o que relataram os tutores que trabalham em home office.
“Eu acho que ela fica com ciúmes de ouvir vozes sem que ninguém esteja falando com ela”, conta Lívia Simões, farmacêutica e tutora da Tina, uma linda cachorra SRD (Sem Raça Definida). Nesses momentos de reunião, Lívia diz que a cachorra traz a bolinha e todos os brinquedos que encontra pela casa e late, pedindo para brincar.
E se ela não atende, a cachorra sobe na mesa e começa a dar mordidinhas na sua mão. Lívia tem que se virar para dar atenção a ela sem perder o foco no trabalho. Mas quem disse que ela liga? Tanto ela como o marido (que também está em home office), se revezam no atendimento às necessidades da Tina e, hoje, os três formam uma verdadeira equipe no trabalho.
Já a coach em saúde e emagrecimento Tati Godoi, que passa praticamente o dia todo no computador entre lives e atendimentos particulares em vídeo, já tomou vários sustos com a suas gatas, as irmãs Lana e Lara. Além de uma delas derrubar as coisas de um armário em cima da sua mesa durante uma live, Tati contou que há poucos dias as duas se estranharam e brigaram perto de um ventilador, que se despedaçou fazendo aquela barulheira.
”As pessoas que acompanhavam a live começaram a me perguntar o que estava acontecendo”, lembra Tati, rindo da situação. Mas foi durante esse período de home office que Tati diz ter conhecido muito melhor suas gatas e se tornado realmente “mãe” delas. “Eu sempre cuidei e gostei, mas ficar esse tempo juntas me fez amar essas figuras. Agora me sinto mãe da Lana e da Lara”, diz Tati.
E para encerrar as nossas histórias de home office vamos falar do Chico, um gato SRD, e da Mayla, uma cachorrinha da raça lhasa apso, que “ajudam” a bancária Paula Agonilha no seu trabalho em casa. Chico fica tanto tempo nas costas da Paula, enquanto ela usa o computador, que até seus colegas de trabalho perguntam dele quando abre uma reunião e o Chico não está presente.
Mayla, por sua vez, é supercarente. Paula conta que “ela chorar pra subir no sofá e, quando eu vou colocar, ela simplesmente sobe sozinha porque só quer chamar a minha atenção”. Paula diz que essa experiência de trabalhar em casa com a presença desses “colegas” é pura adrenalina. “A gente nunca sabe como vai ser o nosso dia, só sabe que vai ser bom.”
Em tempos de #fiqueemcasa, ter um bichinho pra chamar de seu, mesmo em home office, nos torna pessoas mais felizes e, com certeza, melhores.
> Edna Petri é jornalista (MTb nº 13.654) há 39 anos e pós-graduada em Comunicação e Marketing. Mora na Vila Ema há 20 anos, ama os animais e adora falar sobre eles.