Butantan quer ter 18 milhões de doses da Butanvac até a primeira quinzena de junho. Foto / Governo de SP/Divulgação

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

DA REDAÇÃO

Butanvac começa a ser produzida mesmo sem aval da Anvisa

O Instituto Butantan iniciou na quarta-feira (28) a produção do primeiro lote de 1 milhão de doses da vacina brasileira sem insumos importados, a Butanvac. Até a primeira quinzena de junho, o governo paulista espera ter prontas 18 milhões de doses.

A liberação da produção está condicionada à aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para testes com o imunizante e os resultados dos ensaios clínicos.

Segundo o diretor do Butantan, Dimas Covas, a capacidade de produção pode chegar a 40 milhões de doses no segundo semestre, além das previstas para junho. Isso porque a vacina não necessita do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) de outros países, como é o caso das demais vacinas produzidas pelo Butantan, a CoronaVac, e pela Fiocruz, a de Oxford-AstraZeneca.

O governador João Doria (PSDB) fez um apelo à agência, pelo senso de urgência, pedindo “menos burocracia e mais solidariedade”. E que a Anvisa tenha agilidade nas questões relativas aos estudos e envie as dúvidas no menor prazo possível.

O governador paulista afirmou que, assim que estiver aprovada, a Butanvac estará disponível para compra pelo Ministério da Saúde.

Fase emergencial é prorrogada em SP e horário de comércio é ampliado

A fase emergencial do Plano São Paulo será prorrogada em todas as cidades paulistas até 9 de maio. Ainda bem restritiva, permitirá, a partir deste sábado, dia 1º, o funcionamento do comércio e serviços não essenciais entre 6h e 20h.

O horário estendido vale também para comércios, galerias, shoppings, salões de beleza, barbearias, bares, restaurantes, academias, clubes e espaços culturais. Deverá continuar sendo respeitado o limite de 25% da capacidade de ocupação dos espaços. Além disso, está mantido o toque de recolher, das 20h às 5h.

O anúncio do Governo do estado de São Paulo, feito na quarta-feira (28), leva em conta o recuo gradual dos casos.

Médias móveis indicam tendência de queda em mortes por covid-19

O Brasil já contabiliza mais de 392 mil vidas perdidas por covid-19 e se aproxima dos 14,4 milhões de contaminados. Tanto em casos como em mortes, as médias variaram para baixo em relação às registradas há duas semanas, com quedas de 21% e 20%, respectivamente. Esses índices, segundo os especialistas, indicam tendência de queda.

Reino Unido vai aplicar 3ª dose de vacina em parte da população

O Reino Unido, que já garantiu a vacinação total de um em cada quatro adultos anunciou que vai aplicar a terceira dose de vacina contra a covid-19 em parte da população. Para isso, já garantiu a compra de 60 milhões de vacinas da Pfizer.

O objetivo é oferecer reforço na proteção contra a doença a grupos mais vulneráveis antes da chegada do inverno. Os grupos que deverão receber a terceira dose ainda este ano estão sendo definidos.

Até o momento, o Reino Unido garantiu ao menos 100 milhões de doses da vacina Pfizer/BioNTech, outros 100 milhões do imunizante de Oxford/AstraZeneca e 17 milhões de doses da Moderna. Também há contratos acertados para compra de vacinas ainda não aprovadas pelo órgão regulador britânico. Somado, o total de doses potencialmente disponíveis para a população supera 515 milhões.

Cientistas belgas encontram proteína que facilita entrada do vírus

Cientistas da Universidade Católica de Leuven, na Bélgica, descobriram uma proteína que funciona como uma espécie de chave para o novo coronavírus entrar na célula humana e se espalhar pelo organismo.

De acordo com os pesquisadores, isto pode ajudar no desenvolvimento de novos tratamentos contra a infecção. A pesquisa mostrou que, para atravessar a membrana plasmática que recobre as células, o vírus utiliza proteínas que funcionam como chaves ou portas.

No estudo, os cientistas verificaram a atuação do vírus sobre uma delas, a integrina beta-1, receptor que fica na superfície celular. Segundo eles, a proteína interagiu com o vírus e possibilitou sua entrada na célula. Depois disso, o coronavírus se reproduziu e infectou células vizinhas, dando início ao processo de infecção viral.