Foto / Vana Allas

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Me interesso muito por leis de incentivo fiscal, as chamadas LIF! Já participei de duas e foi algo me deu oportunidade de valorizar e documentar traços de determinadas culturas e, juntamente, me ofereceu visibilidade e credibilidade como profissional de jornalismo.

Sem querer ser “metida”, muita gente por essas redondezas conhece um de meus trabalhos, “veinho” já, o livro e CD “Vale, Violões e Violas – Uma Fotografia Musical do Vale do Paraíba”. Lancei em 2004 por meio da LIF de São José dos Campos. É um trabalho que me honra e, ao mesmo tempo, me traz constrangimento.

Nele eu comento sobre dez grupos ou pessoas que cantam (ou cantavam) a “tal” música regional –que é uma mistura da rural com a urbana– e o trabalho tem sua “orelha” assinada pelo já consagrado nacionalmente cantor e compositor Renato Teixeira.

Agora, o constrangimento é porque eu sei que poderia ter feito o projeto com muito mais afinco e melhor resultado. E muita gente, que estava de olho em realizar um trabalho semelhante, ficou enciumada e me detonou quando o meu livro ficou pronto. Fazer o quê… a ideia estava no ar… fui eu que corri e executei primeiro!

Mas voltando ao presente, eu quero contar para quem ainda não sabe que o prazo para inscrição na LIF abriu dias atrás e vai até 28 de maio. Se você tem vontade de realizar algum projeto cultural, deve buscar informações sobre esta lei que, na cidade, fica sob a responsabilidade da Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR).

Tem mais detalhes importantes para se comentar sobre a LIF, mas eu quero fechar esta crônica comentando que depois da reunião com alguns colegas para discutir sobre projetos culturais, fomos a um local que eu achei lindo: o “Quintal Skate Park”, na avenida do Urbanova.

Chegamos umas 18h30 e já estava escuro. Deu pra ver uma imensidão de visual do Banhado, à noite! O local é bem rústico e ao mesmo tempo com utensílios de skate –modernos, porque lá tem uma big pista– ao menos para mim. Tem o pé direito bem alto e um clima bem familiar: nesta noite tinham apenas dois grupos com crianças se deliciando com os sanduíches tamanho família!

Neste tempo de pandemia, que a gente não sai mais para nada, eu amei conhecer um lugar diferente e tive a sorte de o estabelecimento estar meio vazio. Para deixar a “veinha” aqui mais à vontade!

Eu poderia tirar tantas fotos que demonstrariam a diversidade do local. Mas preferi a que vocês veem acima, delicada como também é este mesmo lugar.

Para terminar, uma exclamação: o Banhado e São José dos Campos são realmente lindos!

 

> Vana Allas é jornalista (MTb nº 26.615), licenciada em Letras (Língua Portuguesa) e pós-graduada em Filosofia da Comunicação. É autora do livro “Vale, Violões e Violas – Uma fotografia do Vale do Paraíba”. Mora na Vila Icaraí.