Estrelado por Austin Butler, o filme tem como destaques canções inesquecíveis e belos figurinos. Foto / Divulgação

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Conforme comentei na edição anterior desta coluna, nós, aficionadas e aficionados por cinema, temos boas produções a caminho, depois de dois anos longe das telonas.

O filme mal estreou (dia 14 de julho) e lá estava eu, no Cinemark Colinas, ansiosa para saber o que a Warner Bros. Pictures e o cineasta australiano Baz Luhrmann (“O Grande Gatsby”, “Moulin Rouge”, “Australia”) poderiam mostrar sobre o Rei do Rock que ainda não soubéssemos. A vida e a música desse ídolo de várias gerações são esmiuçadas sob o ponto de vista de seu único empresário, coronel Parker (Tom Hanks: “Forrest Gump”, “Náufrago”, “O Terminal” e tantas outras obras magníficas que já protagonizou), que criou uma relação de dependência desde a sua descoberta até a fama meteórica.

Austin Butler (“Dune 1 e 2”, “Era Uma Vez… em Hollywood”) brilha no papel de Elvis Presley, chegando a interpretar algumas canções mixadas com a voz do próprio cantor. Além da exploração à exaustão pelo empresário (que posteriormente foi processado pela família Presley), a importância de Priscilla Presley (Olivia DeJonge: “A Visita”, série “The Society”) na vida do artista é muito bem demonstrada, inclusive deixando claro que o casal continuou se amando mesmo depois da separação.

Esta cinebiografia, filmada em Queensland (Austrália), nos embala ao som de inesquecíveis canções, como “If I Can Dream”, “Suspicious Mind”, “Tutti Frutti”, dentre dezenas de outras. Adicionado à excelente performance de Austin nos palcos –cenas hilárias de garotas norte-americanas desmaiando de prazer ao ver o movimento sensual de seu corpo, outras jogando peças íntimas, que fez lembrar o brasileiro Wando–, o figurino é um show à parte, sob a responsabilidade da australiana Catherine Martin (“Moulin Rouge”, “O Grande Gatsby”).

Leve as amigas, a mãe, a sogra, as tias, as primas, pois é um ótimo programa –ainda que com 2h39 de duração! Em exibição nas redes de cinema de São José dos Campos, com sessões dubladas e legendadas. Como sempre, escolhi uma legendada!

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Série

Culinária oriental e personagens da capital japonesa se misturam nesta série. Foto / Divulgação

“Midnight Diner: Tokyo Stories”

Produzida em 2016, esta série nos chegou via Netflix para mostrar um tanto da cultura, culinária peculiar e diferentes modos de vida dos moradores de Tóquio, em histórias que duram apenas 18 minutos. Adaptada do mangá Shinya Shokudô, de Yarô Abe (que em 2006 obteve venda superior a 5 milhões de exemplares), “Midnight Diner” apresenta os clientes habituais de um pequeno restaurante de Tóquio que funciona pontualmente da meia-noite às 7h.

Desde a abertura –que se repete a cada episódio, sem a opção “Pular abertura”–, o telespectador conhece o esmaecer da noite na capital, enquanto inicia o expediente do restaurante Meshiya, cujo dono e chef é conhecido por Mestre (Kaoru Kobayashi: “Secret”, “Tokyo Tower: Mom and Me, and Sometimes Dad”, “Mukoku”).

Os frequentadores do pequeno estabelecimento se conectam através da comida, ora trazendo fatos do passado, ora levando a relação para o futuro. Nós, espectadores, aprendemos uma receita nova a cada capítulo, enquanto os clientes são apresentados dentro de seus respectivos contextos: um radialista da madrugada, uma taxista que já foi protagonista de um programa infantil de sucesso, um comediante famoso inconformado com a fama de seu assistente, uma dançarina coreana que se apaixona por um pesquisador científico japonês etc.

Deixe fora da sala o preconceito, pois a série exige abertura mental para conhecer e compreender uma cultura e hábitos diferentes dos nossos. Itadakimasu! (Bom apetite!)

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> Tila Pinski é jornalista (MTb 13.418/SP), redatora e revisora de textos, coordenadora editorial e roteirista. Cinéfila, reside há dez anos na Vila Ema.

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