Prédio na esquina das ruas Quinze de Novembro e Sebastião Hummel, onde funcionaram a Prefeitura e a Câmara Municipal. Atualmente abriga a Biblioteca Pública Cassiano Ricardo. Data ignorada. Foto / Pró-Memória São José dos Campos

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

─ Você passou no concurso da Prefeitura em segundo lugar! O Murilo Soares em primeiro. Veja se chamam você também.

Fiquei bem contente, foi em 1968, o Conselho Municipal de Cultura (CMC), recém-criado, havia lançado um concurso para contratar funcionário. Eu tinha trabalhado na Prefeitura, embora transitoriamente, no serviço rodoviário, voltei por concurso, atraído pelo viés cultural, já prefeito Elmano Veloso, violonista de mão cheia.

Naqueles anos a Prefeitura de São José era ainda das antigas, funcionários, a maioria madura, davam o tom dos serviços, naquele prédio da Rua Sebastião Hummel, esquina com Rua Quinze de Novembro, que houvera sido o antigo Cine Teatro São José. Lá também funcionava a Câmara Municipal, cujo secretário-geral era o Mário Ottoboni, tendo como colegas Hilário, José Ibrahim, Luciano Gomes e o Carlos Augusto Barsaglini.

Na Prefeitura, no gabinete do prefeito seresteiro Veloso, encabeçava o Paulino Blair, secretário-geral e que havia sido prefeito interino. Tinha o Darcy, junto dele o Chato, José Monteiro Sobrinho, o tesoureiro, e Rodolfo Fumio Narazzaki, tesoureiro sucessor; Jair Ferreira Santos, da fazenda, o Alcides da lançadoria, o Jorge Cursino dos Santos, da contabilidade, o José Cesar Filho (Zezé Teixeira), da mecanografia, o Flávio dos Santos (Flavinho), a Ana Costa; o Ahed Said Amin, com ele João Friggi Neto, depois advogado, nos tributos diversos. No cadastro, o Ivan Bueno de Camargo, Rubinho e João Batista Gomes, além de um pessoal novo, como Luiz Augusto de Carvalho e o Sérgio Pedrosa, entre outros, que na sequência foi para a fiscalização. Importantes funcionários ali daquele prédio: Liberato, Negrão, Dadá, Augusta, Teresa Cursino dos Santos, Antônio Carlos Dias Pereira, Hélio Miragaia, José Rodrigues Maia (Maínha), o José Francisco de Toledo, Álvaro Gonçalves, Florisval e Clélia Vinhas; Armando de Oliveira Cobra e Evarista Cobra.

PUBLICIDADE

No pessoal, o Omiro Simão Nogueira, com ele o Vicente Gonzaga Netto, e o quase xará Omir, José Cesar de Souza Neto (Zezo) e Cledinaldo Cavalcanti.

Nas obras, o arquiteto Willy Pecher, a Maria Teresa (Tareco); o engº José Garcia Machado, a Iolene arquiteta; Joãozinho Fernandes, Aguiar desenhista, José Claudio Januário, também no desenho, formando-se engenheiro. Havia o requisitado Paulo Takamura e o Orozimbo, agrimensores, o Ernesto, das plantas, e o João Bosco Ribeiro, dos nomes das ruas.

No jurídico, Genaro Tavares Guerreiro, Luiz Eduardo Pereira Rodrigues e Bráulio Novaes de Castro, procuradores; funcionário, o Luiz Pontes Teixeira. Na Biblioteca Pública Cassiano Ricardo: José Vitório de Faria e Leila Helena de Carvalho Santos.

No patrimônio trabalhava o Jorge Prudêncio de Quadros, com o violonista clássico Fortunato Auriema Turco Junior. No Tiro de Guerra, Maurílio Calvo Filho, que se tornou advogado posteriormente. Já no Mercado Municipal, o Pereira. No protocolo e materiais, a Rosinha, o Valdir, respectivamente. No emplacamento o José Potiguara Miragaia e o Pedrinho. Havia o motorista do Velloso: Carlos Diacov.

Na fiscalização antiga, cujo chefe era o Moacyr, havia o notório Mauro, dos ambulantes; o Rui Laerte Gomides Santos, o Gabriel das feiras; Antônio Vaz, Morgado, José Pinto, Raul, Joel e o conhecido Pedro Celestino (Pedro Bala), depois vereador. Na fiscalização nova que se somou à outra, com os chefes, na sequência, Diacov, Marinho e Roberto Cursino Benitez, este por longos anos, integraram os servidores Luiz Carlos Teixeira, José Renato Machado, Reinaldo Fonseca dos Santos (Fonca), Antônio Hélio dos Santos (Fit); o Rubinho e o Hugo Urbano de Souza, de Jacareí; o Roberto Junqueira Pereira, que saiu para ser comerciante; José Roberto Correa, Romualdo, Antônio e José Gomes Pereira (Pereirinha), advogados posteriormente: Aristides José Colla Francisco, anos depois vereador; Santo Logatto, que foi depois chefe da Divisão de Tributação; Celso Lopes, anos depois chefe de compras, bem como o Arão de Carvalho. Ainda o Francisco de Assis Gallo, goleiro do São José, ficou anos depois no DSM, do Nenê.

PUBLICIDADE

Outros vieram, na sequência, como o Március Adelmo de Oliveira, Mário Kosuke Komoto, o posterior engenheiro Marcos Reis, João Otávio Menezes (Tatá), João Carlos Bianchi (dono do Perequim, em Ubatuba), Marcos Piotto, meu afilhado Mário Sabó, Tadeu Brandão Bittencourt, engenheiro e escritor, Valmir Melo, Vanderlei Mimessi, Ércio Florentino, Joca Molina, Jorge Sawaya, José A. Marussig, Laudelino Mendes, Sérgio Bacha, Paulo Limão, todos universitários na ocasião.

Encerro com um fato que cheira a anedota, mas dizem verídico. Na troca de prefeitos assumiu o vice, o ilustrado advogado José Ferze Tau. Era o regime militar e certo dia recebeu a visita de um coronel que lhe indagou do por que não estar vendo ali o pavilhão. O prefeito interino, com a mente na municipalidade, não soube responder bem: disse que ia providenciar. Mas não atentou que o coronel se referia ao pavilhão nacional, a bandeira do Brasil, e não para o DO, o chamado pavilhão de higiene da Rua Machado Sidnei, local de máquinas, obras e serviços municipais. Depois da saída do militar, chamou todo alvoroçado o chefe de gabinete e perguntou aflito:

─ Como é que nós vamos fazer agora para trazer todo o pavilhão para cá?  Não cabe, é muita máquina, muita gente!

 

> José Roberto Fourniol Rebello é formado em direito. Atuou como juiz em comarcas cíveis e criminais em várias comarcas do estado de São Paulo. Nascido em São Paulo, vive em São José dos Campos desde 1964, atualmente no Jardim Esplanada. Participou do movimento cultural nascido no município na década de 60.

PUBLICIDADE