Rose Byrne e Susan Sarandon, em "A Intrometida": qual é o limite entre ajuda e intromissão? Foto / Divulgação

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

O título (“A Intrometida”) pode nos levar, equivocadamente, a pensar que se trata de um filmezinho americano típico da Sessão da Tarde. Sim, seria um grande equívoco dispensar “The Meddler”, disponível na Netflix. Classificado como romance/drama, há quem o considere uma comédia dramática, mas o filme vai além disso.

Ao ficar viúva, a nova-iorquina Marnie (a excelente Susan Sarandon: “Thelma & Louise”, “Lado a Lado”, “Adoráveis Mulheres”) decide começar uma nova vida em Los Angeles, onde mora sua única filha, Lori (Rose Byrne: “Vizinhos”, “Os Estagiários”, “Sete Dias Sem Fim”). Típica “mãezona”, ela acredita que pode resolver os problemas de todos, espalhando benfeitorias desde ilustres desconhecidos às novas amizades, mas dedica especial atenção na busca de soluções para a filha, incluindo o recente rompimento de um relacionamento amoroso.

Entre lidar com o luto na terapia e buscar um novo sentido para sua vida, a protagonista exacerba seu instinto maternal insistindo em ajudar Lori, mesmo onde não é necessário. Os diálogos inteligentes enriquecem o filme, especialmente depois que Marnie conhece Zipper (J.K. Simmons: “La La Land”, “Amor sem Escalas”, “Queime Depois de Ler”), um policial aposentado que vive um drama familiar.

Com ótimas atuações e uma bela trilha sonora, o filme nos ajuda a refletir: a partir de que ponto, com a melhor das intenções, nossa ajuda pode se tornar intromissão?

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Série

Capitães

Sempre atenta à temperatura das telas, a Netflix aproveita a oportunidade da Copa do Catar (ou Qatar) para nos trazer esta série documental. Em oito episódios, jogadores de diferentes continentes contam um pouco de sua história de vida e trajetória nos gramados até usarem a braçadeira de capitão.

Em comum, as respectivas táticas de seis líderes frente às suas seleções durante as eliminatórias da Copa do Mundo da Fifa: o brasileiro Thiago Silva, o croata Modric, Aubameyang pelo Gabão, Maatouk pela seleção libanesa, o jamaicano Blake e, à frente do desconhecido país africano Vanuatu, o capitão Kaltak.

“Captains – The Chosen Few” nos permite conhecer realidades e culturas diferentes, técnicas e dificuldades distintas, além de interessantes perspectivas dos vencedores e as muitas lições dos capitães das seleções eliminadas. Episódios curtos, mas pode preparar a bacia de pipoca e chamar toda a família. Afinal, somos brasileiros e, salvo algumas exceções, adoramos futebol!

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Seis capitães de seleções e suas histórias rumo à Copa do Mundo que está acontecendo no Catar. Foto / Divulgação

> Tila Pinski é jornalista (MTb 13.418/SP), redatora e revisora de textos, coordenadora editorial e roteirista. Cinéfila, reside há dez anos na Vila Ema.

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