Cuba Gooding Jr interpreta o médico negro que liderou uma equipe de mais de 70 profissionais em cirurgia de siameses unidos pelo cérebro. Foto / Divulgação

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Esperança e persistência são alguns dos temas deste filme de 2009, “Gifted Hands – The Ben Carson Story”, dirigido por Thomas Carter (“Coach Carter – Treino Para a Vida”, “O Negociador”) e baseado na biografia do cirurgião.

A desmotivação na escola era a companheira do garoto Ben (Cuba Gooding Jr: “O Mordomo da Casa Branca”, “Selma – Uma Luta Pela Igualdade”), que não conseguia boas notas e vivia numa família pobre e desestruturada. Sua maior incentivadora era a mãe, Sonya (Kimberly Elise: “Ad Astra – Rumo às Estrelas”, “Um Ato de Coragem”), que insistia para que os filhos dessem prioridade à educação e aproveitassem toda oportunidade que surgisse –e que ela mesma não teve.

Com afeto incondicional e incansável ajuda materna, ele passa a acreditar em si mesmo, lida com o preconceito racial e outras barreiras, até chegar à Universidade de Yale, uma das melhores escolas de medicina dos Estados Unidos, posteriormente cursando residência no famoso John Hopkins Memorial Hospital.

“Mãos Talentosas – A História de Ben Carson” usa uma linguagem leve para mostrar a história desse médico que, com apenas 33 anos de idade, se tornou chefe do departamento de neurocirurgia pediátrica e entrou para a História ao realizar a bem-sucedida cirurgia dos siameses unidos pelo crânio, que envolveu cerca de 70 profissionais e mais de 20 horas de trabalho, um sucesso mundialmente conhecido.

Disponível na Netflix, é um bom programa para ver com filhos de todas as idades.

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Série

“A Imperatriz”

Mesmo quem não gosta de séries e filmes de época vai se encantar com a fotografia e figurino de “The Empress”. Numa boa mistura de política, drama e História, nos deparamos com luta de poder, revoltas, intrigas e (doentias) relações familiares, nesta série que capta nossa atenção desde a abertura, de estonteante beleza material e musical.

Ao ser levada para conhecer o imperador da Áustria, Francisco I (Philip Froissant: “Ilha de Segredos”), com quem sua irmã Helene (Elisa Schlott: “Limbo”) se casaria, Elisabeth (Devrim Lingnau: “Camila”, “Borga”) se apaixona por ele, é correspondida e, inebriada de amor, se torna imperatriz aos 16 anos de idade.

A série mistura História, política e drama com fotografia e figurinos impecáveis. Foto / Divulgação

Apresentada desde o início como uma jovem rebelde e de mente livre –por vezes atormentada–, Sis (como era chamada pela família) mostra a intimidade do casal com cenas ousadas e fugindo aos rígidos padrões da época.

Entretanto, o país está à beira de uma guerra com a Rússia, de certo modo insuflada pelo irmão do imperador, Maximilian (Johannes Nussbaum: “Uma Vida Oculta”), apaixonado pela cunhada, ao mesmo tempo em que a população conspira uma revolta, vivendo na miséria ante a luxuosa corte austríaca.

Atenção especial ao papel de Sophia, mãe do imperador, interpretado pela atriz iraniana-alemã Melika Foroutan (“Sarajevo”, “Pari”). Para os portugueses, que acolheram Sissi na Ilha da Madeira por um longo período, para a recuperação da saúde, essa versão da Netflix faz jus à verdadeira história. Desfrute!

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> Tila Pinski é jornalista (MTb 13.418/SP), redatora e revisora de textos, coordenadora editorial e roteirista. Cinéfila, reside há dez anos na Vila Ema.

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