Muita pipoca, família reunida e papo educativo depois. Foto / Divulgação

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Inclusão e aceitação, basicamente, é o tema desta bela animação que estreou em novembro na Netflix. “Robin Robin” (título original) é um pássaro que, por acidente, nasceu num depósito de lixo e foi adotado por uma família de ratos. Conforme passa o tempo, ainda que o papai roedor a ame como ela é, a sabiá vai percebendo que não possui as mesmas habilidades dos irmãos, especialmente nos quesitos “agilidade e perspicácia” ao adentrar na cozinha dos humanos.

Ela decide, então, mostrar à família que também pode ser uma boa roedora, partindo sozinha numa jornada de autoconhecimento em que faz um novo amigo e, juntos, vivem uma grande aventura.

Emocionante a cena em que Robin descobre que pode voar… Concorrendo ao Oscar 2022 de Melhor Curta de Animação, “A sabiá sabiazinha” é uma produção da Aardman Animation, que já nos presenteou com “Shaun, O Carneiro” e “A Fuga das Galinhas”. (Observe a delicadeza da lã feltrada com que os bichos foram confeccionados!)

Você já tem bons motivos, então prepare a bacia de pipoca e reúna as crianças e adultos da casa para essa diversão em família. Ao final, sugiro uma conversa leve e descontraída sobre os importantes conceitos apresentados no filme.

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Série

‘A Vizinha da Mulher na Janela’

Luto, alcoolismo, obsessão, esta série dramática e de suspense tem de tudo um pouco. E é ótima! Muitas críticas a consideram comédia ou apenas uma paródia de filmes como “Janela Indiscreta”, “A Mulher na Janela”, “A Garota do Trem”, entretanto “The Woman in the House Across the Street from the Girl in the Window” (título original), é muito mais do que isso: tem enredo próprio, forte suspense e deixa o espectador sempre na dúvida se os fatos são reais ou fruto da fértil imaginação da fóbica protagonista.

Anna (Kristen Bell: “Tal Pai, Tal Filha”, “Encontro de Casais”. Série: “The Good Place”) vive sozinha numa bela casa e amarga um trágico luto há vários meses; artista plástica divorciada, abandonou os pincéis e se apegou ao vício do álcool, mantendo à mão uma grande taça de vinho –que ela nunca deixa esvaziar e, por vezes, mistura com remédios, o que pode gerar efeito alucinógeno.

Obcecada pelo novo vizinho, Neil (Tom Riley: “Segredos de Estado”, “Nossa História de Amor e Música”), ela passa a observá-lo da janela, onde fica durante boa parte do tempo lendo um romance de suspense. Quando Anna vê um crime na casa de Neil, chama a polícia imediatamente, mas as constatações das autoridades levam-na a ser desacreditada. Aconselhada a retomar o tratamento psiquiátrico, ela é convencida de que tudo pode ter sido apenas uma alucinação… Ou não?!?

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> Tila Pinski é jornalista (MTb 13.418/SP), atua como redatora e revisora de textos, coordenadora editorial e roteirista. Cinéfila, reside há nove anos na Vila Ema.

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