Foto / Reprodução

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Pablo Milanés

 

O tempo passa estamos ficando velhos.

Eu o amor não o reflexo como ontem

Em cada conversa

Cada beijo, cada abraço

Sempre se impõe um pedaço de razão

 

Vamos vivendo, assistindo as horas

O que estão acontecendo as velhas discussões?

Eles se perdendo entre as razões.

Porque anos atrás segurando sua mão

Roubar um beijo

Sem forçar o momento

Fazia parte de uma verdade

 

Porque o tempo passa

Estamos ficando velhos.

Eu amo

Não reflexo como ontem.

Em cada conversa

Cada beijo, cada abraço

Sempre se impõe um pedaço de razão

 

Para tudo você diz sim

A nada digo que não

Para poder construir

Esta tremenda harmonia

Que envelhecem os corações

 

Porque o tempo passa

Estamos ficando velhos.

Eu amo

Não reflexo como ontem.

Em cada conversa

Cada beijo, cada abraço

Sempre se impõe um pedaço

De temor

 

Pablo Milanés Arias foi um cantor e guitarrista cubano. Nasceu em 24 de fevereiro de 1943, em Bayamo (Cuba). No início da década de 1960, começou a compor a partir de múltiplas influências, tais como a música tradicional cubana, a norte-americana (principalmente o jazz) e a brasileira. Entre 1965 e o final de 1967, esteve detido em campos de trabalho forçado dirigidos pelas Unidades Militares de Ajuda à Produção (Umap), na província de Camagüey, de onde fugiu para Havana, onde denunciou a injustiça cometida, razão pela qual ficou preso durante dois meses na Fortaleza de La Cabaña. No início da década de 1980, lançou vários discos, entre eles “Querido Pablo” (1985), com participações de Víctor Manuel, Chico Buarque, Mercedes Sosa e Luís Eduardo Aute. Morreu em 22 de novembro de 2022, na Clínica Universidade de Navarra, em Pamplona (Espanha).

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Júlio Ottoboni é jornalista (MTb nº 22.118) desde 1985. Tem pós-graduação em jornalismo científico e atuou nos principais jornais e revistas do eixo São Paulo, Rio e Paraná. Nascido em São José dos Campos, estuda a obra e vida do poeta Cassiano Ricardo. É autor do livro “A Flauta Que Me Roubaram” e tem seus textos publicados em mais de uma dezena de livros, inclusive coletâneas internacionais.

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