A vacina protege contra novas subvariantes da Ômicron e chega em momento de aumento do número de casos. Foto / Mike Sena/MS

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Os imunizantes são atualizados para proteger também contra subvariantes da variante Ômicron do novo coronavírus

 

DA AGÊNCIA BRASIL*

Após duas horas de sessão, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) formou maioria na noite de terça-feira (22) para aprovar o uso emergencial de duas vacinas bivalentes contra a covid-19. A diretoria aprovou o uso dos imunizantes produzidos pela Pfizer para proteger contra as subvariantes da Ômicron do novo coronavírus.

A Anvisa autorizou a aplicação como doses de reforço em pessoas a partir de 12 anos e após três meses da última dose de reforço recebida. Consideradas de segunda geração, as vacinas bivalentes protegem contra a variante original do novo coronavírus, da província de Wuhan (China), e contra as últimas subvariantes da Ômicron. Esta última é mais transmissível, porém mais branda, com o vírus se concentrando na garganta e não atingindo os pulmões. A variante original é menos contagiosa, porém mais perigosa e mais letal.

Os imunizantes bivalentes terão frascos na cor cinza para facilitar a identificação. As vacinas da Pfizer usam a tecnologia do RNA mensageiro, em que uma parte da proteína spike, responsável pela fixação do vírus nas células, é injetada para estimular a produção de anticorpos.

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Compra

Caberá agora ao Ministério da Saúde comprar as vacinas bivalentes. Atualmente, a pasta tem um contrato para a aquisição de 100 milhões de doses da Pfizer, a serem entregues a partir deste ano. O acordo prevê o acréscimo de 50 milhões de doses, inclusive imunizantes atualizados ou pediátricos, caso o ministério peça.

Durante seu voto, a diretora Meiruze Souza Freitas, relatora do processo, disse que as vacinas bivalentes já são usadas em várias partes do mundo e que, apesar das vacinas originais continuarem eficazes, as bivalentes acrescentam uma opção de imunização. Ela destacou a importância da vacinação porque, segundo afirmou, ainda não é possível saber a gravidade das variantes BA4/BA5.

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Histórico

Em agosto, a Pfizer enviou à Anvisa o primeiro pedido de análise da vacina bivalente que protege contra a subvariante Ômicron BA.1. No fim de setembro, a fabricante entrou com o segundo pedido de análise, dessa vez contra as subvariantes BA.4 e BA.5.

A decisão da agência ocorre em um momento em que há aumento de casos no país ligados à circulação de uma nova subvariante da Ômicron. Na semana passada, o Ministério da Saúde emitiu alerta sobre a circulação de novas linhagens no país. Uma delas reduz as barreiras para o vírus entrar nas células humanas. A outra aumenta o risco de reinfecção.

De acordo com o ministério, a média móvel de casos subiu 120% na semana de 6 a 11 de novembro em relação à semana anterior. Os óbitos aumentaram 28% na mesma comparação.

 

*Com edição do SuperBairro.

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