Anvisa recomenda rigor na entrada de viajantes no país, mas decisão depende do governo federal. Foto / Tomaz Silva/Agência Brasil

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

A agência fez a recomendação em razão do aumento de casos no exterior, mas aplicação depende do governo federal

 

DA REDAÇÃO

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou nesta quinta-feira (25) ao governo federal que o Brasil exija prova de vacinação contra covid-19 para entrada no país por via aérea ou terrestre. A medida seria combinada com protocolos de testagem desses viajantes para detectar a presença do novo coronavírus. A informação é da Agência Brasil.

A Anvisa argumentou que a medida poderá dificultar que o Brasil se torne um destino para não vacinados, trazendo mais riscos para a população. A recomendação é que os viajantes concluam o esquema vacinal pelo menos 14 dias antes da partida para o Brasil.

Para a entrada por via aérea, um procedimento sugerido é a testagem com métodos como antígenos ou medição de ampliação de ácidos nucleicos. Para não vacinados, a agência propõe quarentena até o resultado negativo dos testes laboratoriais (RT-PCR), que deve ser realizado a partir do quinto dia da chegada.

Para o trânsito de pessoas de fora por rodovias, além da comprovação da vacina, a Anvisa defende que não seja permitida a entrada de pessoas não vacinadas. A nota técnica da agência explicou que “os não vacinados, caso queiram adentrar em território nacional, devem utilizar o modal aéreo, em que os controles são mais adequados”.

Duas exceções previstas seriam no caso de pessoas trabalhando no transporte de cargas ou os vindos de países em que a cobertura vacinal tenha chegado a uma situação de imunidade coletiva.

A adoção dessas medidas depende do governo federal, que ainda não se manifestou sobre o assunto.

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Apoio

A posição da Anvisa recebeu apoio dos conselhos dos secretários estaduais (Conass) e municipais (Conasems) de Saúde. Um dos trechos da nota assinada por eles registrou que “o recrudescimento da pandemia em países europeus e o aumento de casos nos EUA e Canadá, bem como em países da América do Sul, tais como Bolívia, Equador e Paraguai, conforme informação divulgada hoje pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), exigem que o Brasil adote medidas sanitárias adicionais, de modo a proteger sua população”.

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