Na telona: Tom Cruise, o eterno Pete Maverick, e Jennifer Connely estão em "Top Gun: Maverick". Foto / Divulgação

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Depois de dois anos recheados de filmes e séries na TV (em streaming ou não), reencontrei meu lugar diante da telona, numa sala de cinema. Sim, adoro ver um filme no conforto do meu lar, compartilhando uma bacia de pipoca com o meu amor, mas uma sala de cinema é única no tempo e lugar!

Imagem e som excelentes, poltronas (reformadas) confortáveis, nosso foco total na tela, quase tornando possível entrar nas cenas. Minhas palavras não são capazes de descrever este prazer em saber que o coronavírus não afetou a capacidade de Hollywood produzir bons filmes com excelentes elencos.

Dentre outros, encontrei na fila: Tom Hanks, para nos apresentar “Elvis”, Chris Hemsworth e Natalie Portman, trazendo “Thor: Amor e Trovão”, Brad Pitt e Sandra Bullock embarcando no “Trem-bala”, enfim, há uma lista de novas produções que em breve entrarão em cartaz para nosso deleite.

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Luz, câmera, ação!

No último fim de semana, usando máscara (porque a covid ainda circula entre nós, mesmo que muitos a ignorem!), viajei nas asas de “Top Gun: Maverick” (na opção legendado, como sempre!), em cartaz por aqui nas redes Cinemark (Colinas e CenterVale), Cinépolis (Jardim Oriente) e Kinoplex (Vale Sul). Tom Cruise (“Top Gun 1, 2, 3 e 4”, “Feito na América”, “Missão Impossível 1 a 7”) continua impecável no papel de Pete Maverick, o insubordinado e admirado piloto de caça que há três décadas continua fazendo o impossível e inimaginável no ar.

O diretor Joseph Kosinski (“Homens de Coragem”, “Oblivion”) mostra cenas perfeitas e abusa de uma bela cenografia, que começa numa região desértica, passa pelas águas da Califórnia e cria grande expectativa em montanhas de neve, sem falar nas arrepiantes acrobacias aéreas (treinadas previamente pelos ases em ambiente virtual).

A única cena romântica deste filme de ação fica a cargo da bela Penny (Jennifer Connely: “Homem Aranha – De Volta ao Lar”, “Homens de Coragem”, “Uma Mente Brilhante”), antigo amor de Maverick. Jon Hamm (“Além das Montanhas”, “Beirute” e protagonista da série “Mad Men”) é o comandante Cyclone, que tem por missão treinar a equipe dos melhores pilotos para destruir uma bomba de urânio numa ação quase suicida que não pode ultrapassar 150 segundos. Quem é o líder do grupo? Pete Maverick, claro! Tom Cruise “sarado” aos 60 anos, cenas aéreas de tirar o fôlego, recorde de bilheteria desde o lançamento: alguma dúvida de que é um ótimo filme? Faça um programa em família e divirtam-se!

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Série

“Amor e Anarquia”: série sueca mistura hormônios em alta e momentos bizarros. Foto / Divulgação

“Amor e anarquia”

Uma editora à beira da falência, um jovem técnico de TI que cultiva plantas e está com os hormônios em alta, uma consultora em crise no casamento, escritores um tanto desequilibrados, executivos confusos. Bata tudo no liquidificador… e terá uma série sueca com cenas hilárias, alguns bons atores e momentos simplesmente bizarros.

“Love & Anarchi” se passa em Estocolmo e mostra a ambiguidade numa equipe formada por pessoas de diferentes gêneros e idades, diante da irreversível era digital. Questionamentos e resistência aos novos tempos se misturam à efervescência dos hormônios de Sofie (Ida Engvoll: “Crimes of Passion: Death of a Loved One”, “White Trash”, “Um Homem Chamado Ove”) e Max (Björn Mosten: em seu primeiro trabalho como ator, este engenheiro de computação ainda cursa mestrado em sistema de informações), que dão início a um jogo de sedução em que cada um impõe desafios ao outro que, de algum modo, extrapolem as regras sociais.

O que começa com uma “brincadeira”, vai tomando outras proporções que se somam ao desequilíbrio mental do pai de Sofie. Outros bons personagens: a aparentemente sensata e submissa recepcionista Caroline (Carla Sehn: “Gente Ansiosa”), o ávido leitor e exigente editor Friedrich (Reine Brynolfsson: “Corvos”, “Os Miseráveis”) e o ótimo Ronny (Björn Kjellman: “Satisfaction 1720”, “Behind Blue Skies”), um empregado inseguro, que não tem o hábito nem prazer de ler, mas é içado a principal executivo na nova fase da editora. Com episódios de aproximadamente 30 minutos, a série está em sua segunda temporada na Netflix.

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> Tila Pinski é jornalista (MTb 13.418/SP), redatora e revisora de textos, coordenadora editorial e roteirista. Cinéfila, reside há dez anos na Vila Ema.

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