Segundo o movimento Mobilização pelo Verde, a Prefeitura compensa "minimamente" as perdas de árvores na cidade. Foto / SuperBairro

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Duas entidades de defesa do meio ambiente promovem manifestação em frente ao Museu Municipal para reivindicar da Prefeitura a melhoria da gestão arbórea

 

DA REDAÇÃO

Um ato público, neste sábado (3), das 9h às 11h, em frente ao Museu Municipal, irá reivindicar que o poder público melhore a gestão arbórea de São José dos Campos. O movimento Mobilização pelo Verde contesta “o alto índice de supressão de árvores no município sem que metas de plantio e compensação sejam atingidas”.

A iniciativa é do projeto Arru (Arte de Rua e Reflorestamento Urbano) e do movimento Composta SJC. Segundo os organizadores, a mobilização ocorre na mesma semana em que “800 mudas do Ecomuseu foram consumidas por fogo de queimada em tempo seco na zona leste”.

“São José se diz ‘Amiga das Árvores’, mas acumula muitas supressões de exemplares arbóreos para obras, por exemplo, e realiza plantio insuficiente para compensar minimamente essas perdas”, diz Raíssa Vaitiare, coordenadora executiva do Mobilização pelo Verde. “Há manejo ineficaz, com muitas mudas morrendo.”

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“Cortes em massa”

Ambientalistas do movimento relatam que fazem acompanhamento constante de empreendimentos viários e da construção civil, monitorando “a supressão indiscriminada de árvores e o desmatamento de bosques na cidade”.

Segundo os promotores do ato, foram identificados casos recentes de cortes em massa de árvores para obras na região oeste (Jardim Aquárius e Limoeiro), no Centro (Fundo do Vale) e Jardim Paulista, e na região sul (antigo Pinheirinho).

Ainda segundo as entidades, dados oficiais confirmam que apenas 10,8% de plantios na cidade foram concluídos desde o lançamento das metas lançadas em 2016. “Das 56,5 mil novas árvores planejadas para 12 anos, apenas 6.157 foram plantadas até aqui”, ressaltam, lembrando que o cumprimento da meta exigirá que os demais 89,2% sejam feitos em nos próximos cinco anos.

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