Por meio de duas irmãs sírias, o filme aborda a questão dos refugiados espalhados pelo planeta. Foto / Divulgação

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

“As Nadadoras” nos leva a uma jornada de Damasco (Síria) ao Rio de Janeiro, baseada na história de Yusra Mardini e Sarah Mardini, duas irmãs que competiram pela primeira vez nas Olimpíadas de 2016, no Brasil, pela Equipe Olímpica de Refugiados. Esse drama biográfico de 2022, coproduzido pela Síria, Turquia, Alemanha e Bélgica, crava na alma do telespectador as agruras dos refugiados, ilustres desconhecidos sem pátria e sem destino.

“The Swimmers” (título original) mostra as adolescentes em sua terra natal, então treinadas pelo pai, Ezzat Mardini (Ali Suliman: “Jack Ryan”, “A 200 Metros”, “O Atentado”), um nadador frustrado. Diante de um país que começa a ser devastado pela guerra civil, Yusra (Nathalie Issa: “Meu Tecido Preferido”) e Sarah (Manal Issa: “Meu Tecido Preferido”, “O Mar à Frente”, “Destemida”) convencem o pai a deixá-las tentar a sorte na Alemanha –como o melhor caminho para Yusra chegar às Olimpíadas do Rio–, na companhia do primo Nizar (Ahmed Malek: “Clash”), que se torna responsável por ambas nessa jornada, alimentando em paralelo o seu próprio sonho de ser DJ.

Desde que os três entram no ônibus a caminho do aeroporto de Damasco, a história toma um novo rumo: troca-se a expectativa do sucesso da atleta pela sobrevivência do grupo, num fiel retrato da diretora Sally El Hosaini (“Meu Irmão, o Diabo”) sobre os refugiados espalhados ao redor do mundo. Ali tem início o longo, perigoso e, muitas vezes, fatal caminho em busca de uma vida nova, num futuro incerto e obscuro. “As Nadadoras” escancara essa dura realidade e leva o coração do público para o centro da história.

O filme exigiu da diretora um verdadeiro mergulho no livro autobiográfico de Yusra, “Butterfly: From Refugee to Olympian, My Story of Rescue, Hope and Triumph” (“Borboleta: De refugiada a atleta olímpica, minha história de resgate, esperança e triunfo”) e muitos refugiados fizeram parte da equipe. Treinada por Sven (Matthias Schweighöfer: “Resistência”, “Operação Valquíria”, “Exército de Ladrões”), que a preparou para as Olimpíadas do Rio de Janeiro enquanto morava num acampamento para refugiados em Berlim, hoje Yusra é cidadã alemã e Sara se mudou para a Grécia para trabalhar na assistência de refugiados.

Mais um bom filme disponível na Netflix. Chame a família e os adolescentes para conhecerem juntos um pouco dessa realidade tão distante de nós.

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Série

 ‘Todo Mundo Ama o Raymond’        

A série é antiga, mas sempre agrada aos novos públicos. Foto / Divulgação

Esta muito bem-humorada série de costumes, disponível no streaming Amazon Prime, foi criada há quase três décadas e continua agradando aos mais diferentes gostos. O jornalista esportivo Ray (Ray Romano, coautor e protagonista: “Doentes de Amor”, “O Irlandês”, “Paddleton”) é casado com Debra (Patrícia Heaton: “A Garota do Adeus”, “O Anel de Noivado”, série “The Middle”).

Ele encara com bom humor, um tanto de ingenuidade –e certa displicência– os desafios do casamento e a educação dos três filhos, em meio à habitual invasão de privacidade dos vizinhos: seus pais –Marie (Doris Roberts: “O Queridinho da Vovó”, “Dias Melhores”, “Uma Babá Milagrosa”) e Frank (Peter Boyle: “Taxi Driver”, “Dr. Dolittle”), e o ciumento irmão Robert (Brad Garrett: “Gloria Bell”, “Letra e Música”), divorciado e preterido pela mãe.

Pode trazer a pipoca e a família para maratonar: o conteúdo é leve, os episódios curtos e com situações para todas as idades… E prepare-se: é quase impossível não identificar algumas cenas como sendo suas! Boa diversão…

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> Tila Pinski é jornalista (MTb 13.418/SP), redatora e revisora de textos, coordenadora editorial e roteirista. Cinéfila, reside há 11 anos na Vila Ema.

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