Deflação: queda de 15,48% no preço da gasolina em julho foi um dos fatores da maior deflação mensal na economia brasileira desde 1980. Foto / Pixabay

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Queda dos preços em julho, de 0,68%, deve se repetir em agosto, porém em ritmo menor; deflações rebaixam a previsão de inflação para 7,11% em todo o ano de 2022

 

DA REDAÇÃO

A inflação oficial no país no mês de julho, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) sofreu queda de 0,68% em relação ao mês de junho. A deflação –nome técnico para identificar uma redução no índice de inflação– foi a maior da economia brasileira desde a criação do IPCA, em 1980. A alta dos preços em junho chegou a 0,67%.

A queda da inflação foi explicada pela redução de preços em dois itens importantes: combustíveis e energia elétrica. Em julho, a energia ficou 5,78% mais barata, enquanto o preço da gasolina caiu 15,48%, o do etanol 11,38% e o do gás veicular 5,67%.

Com a divulgação da taxa de julho pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a inflação oficial no país atingiu 4,77% no ano –janeiro a julho– e 10,07% nos últimos 12 meses. Para agosto, o mercado financeiro prevê outra deflação, porém menor que a de julho, com queda principalmente no preço do óleo diesel.

A previsão do mercado financeiro para a inflação de 2022 caiu de 7,15% para 7,11%. A estimativa para 2023 ficou em 5,36% e, para 2024 e 2025, em 3,3% e 3%, respectivamente.

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Alimento não cai

Mesmo com queda na taxa geral da inflação, os preços dos alimentos não caíram. Em julho a alta alcançou 1,3%. A previsão para agosto é de redução no ritmo, porém ainda com alta em torno de 0,8%. A projeção é que os alimentos registrem em 2022 alta em torno de 15%, ou seja, o dobro da inflação geral.

Selic freia preços

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, fixada atualmente em 13,75% ao ano pelo Copom (Comitê de Política Monetária). É a taxa mais alta desde janeiro de 2017. O mercado financeiro estima que a Selic encerre o ano nesse patamar, caia em 2023 para 11% ao ano e, em 2024 e 2025, fique em 8% e 7,5%, respectivamente.

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> Texto produzido com informações da Agência Brasil e do UOL (Universo Online).

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