Bloco Galinha D'Angola na avenida São João: público calculado em 25 mil pessoas. Foto / SuperBairro

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Além do retorno do Galinha D’Angola e do Lá Em Cuba, Em Cuba Lá, após dois anos de ausência devido à pandemia, um novo bloco, o Capivara Neon, estreou nas ruas do Jardim Maringá, registrando um crescimento da festa na região; veja álbum de fotos no final deste texto

 

DA REDAÇÃO

A região do centro novo de São José dos Campos destacou-se no Carnaval deste ano com a passagem de três blocos. Estima-se que o Lá Em Cuba, Em Cuba Lá, na quarta-feira (15), o Galinha D’Angola e o Capivara Neon, no domingo (19) reuniram um público de cerca de 30 mil pessoas.

O maior destaque coube ao Galinha D’Angola, bloco do Parque Vicentina Aranha, que a cada ano vem assumindo o papel de bloco das crianças. No domingo não foi diferente. Os organizadores estimaram o público em 25 mil pessoas.

Entre 9h30 e quase 13h, dois trios elétricos –um abrindo e outro fechando a passagem do bloco– lotaram as ruas e avenidas do trajeto: rua Prudente Meireles de Morais, avenida São João, rua Madre Paula, avenida Heitor Villa-Lobos, avenida Nove de Julho e, novamente, Prudente de Morais, nos bairros Vila Adyana, Jardim Apolo e Vila Ema.

Lá Em Cuba de volta

Na quarta-feira, o tradicional Lá Em Cuba, Em Cuba Lá levou mais de 1.000 integrantes e simpatizantes para ruas da Vila Adyana, Jardim Apolo, Jardim Maringá e Vila Ema. Criado em 2009 por um grupo de alunos em mestrado e doutorado e por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o bloco se concentra todos os anos em frente ao Vicentina Aranha e termina sua passagem na Savema (Sociedade Amigos da Vila Ema e Jardim Maringá).

Este ano marcou a volta do “Lá Em Cuba”, após dois anos de ausência devido à pandemia de covid-19.

PUBLICIDADE

Capivara estreia

Se a saída do Galinha D’Angola no domingo concentrou mais crianças e famílias, o bloco Capivara Neon, que fez sua estreia no Carnaval joseense, teve maioria de jovens e adultos. Os integrantes se concentraram a partir das 16h na praça Pedro Américo, no Jardim Maringá, e percorreram várias ruas do bairro, terminando sua evolução em frente ao bar Oásis, na rua José Bonifácio, um dos apoiadores do grupo, junto com os sindicatos dos Petroleiros e dos Químicos, entre outros.

Segundo Amanda Menconi, uma das porta-vozes do bloco, a avaliação foi bastante positiva. “No nosso primeiro Carnaval, não esperávamos um público tão grande, tanto em São José, quanto em Jacareí”, onde o bloco saiu na segunda-feira. A estimativa de público no Jardim Maringá ficou entre 2.000 e 2.500 foliões.

Apesar do sucesso, o Capivara ainda não se vê como um bloco do bairro. “Vamos fazer uma avaliação desse Carnaval, mas não existe nada definido quanto ao bloco ser do Jardim Maringá, ainda não sabemos onde vamos sair no ano que vem”, explicou Amanda.

O bloco nasceu da Batucada Resistência do Vale, que costuma realizar seus ensaios no Parque da Cidade, além de fazer o mesmo em Jacareí. Com perfil irreverente e politizado –tem vínculo com o PSOL local– o Capivara pôde comemorar neste Carnaval a vitória do candidato Lula na eleição de outubro.

PUBLICIDADE

Outra característica do grupo são as bandeiras da diversidade e da inclusão, dizendo-se aberto a todos os gêneros, incluída a comunidade LGBTQIA+, e abrindo espaço para os movimentos negro, feminista e de outras causas igualitárias.

O bloco deve recomeçar em breve os ensaios e convida quem quiser integrar o grupo a acompanhar os perfis Capivara Neon e Batucada Resistência do Vale no Instagram. “Precisamos de mais ritmistas e todos serão bem-vindos, não é preciso chegar sabendo tocar”, convidou Amanda.

Se tudo der certo, em 2024, pelo menos três blocos estarão nas ruas do centro novo de São José dos Campos. Bom para quem gosta de Carnaval e bom para os empresários de bares e restaurantes da região, que estiveram lotados durante a passagem dos foliões.

PUBLICIDADE

 

IMAGENS DO CARNAVAL NO ‘CENTRO NOVO’ DE SJC

> Galinha D’Angola

Passagem do bloco pela avenida Heitor Villa-Lobos. Foto / SuperBairro
Frente do Parque Vicentina Aranha tomada pelo público. Foto / Claudio Vieira/PMSJC
Família ocupa o mesmo local todos os anos na rua Madre Paula. Foto / SuperBairro
Família segue pela Madre Paula para esperar o bloco chegar. Foto / SuperBairro
Crianças não esqueceram o confete e a serpentina. Foto / SuperBairro
Família do bairro comparece todos os anos. Foto / Cedida
Casal e o filho capricharam nos trajes carnavalescos. Foto / SuperBairro
Galinha D’Angola: o bloco das crianças. Foto / SuperBairro
Aprendendo desde cedo a gostar de Carnaval. Foto / SuperBairro
Festa ganha destaque na TV regional. Foto / SuperBairro.

 

> Lá Em Cuba, Em Cuba Lá

Ainda era dia quando o bloco levou seu estandarte para a frente do Vicentina Aranha. Foto / SuperBairro
O bloco foi criado em 2009 e tem tradição no Carnaval joseense. Foto / Facebook/Reprodução
Foliões entram na contramão pela avenida Nove de Julho. Foto / Facebook/Reprodução
O Lá Em Cuba foi formado por bolsistas e pesquisadores do Inpe. Foto / Facebook/Reprodução
O bloco encerrou a sua passagem lotando a sede da Savema. Foto / SuperBairro

 

> Capivara Neon

Carro de som abre a passagem do bloco Capivara Neon. Foto / SuperBairro
O bloco tomou conta das ruas do Jardim Maringá. Foto / SuperBairro
O tema deste ano foi uma homenagem a Gal Costa. Foto / SuperBairro
Após percorrer as ruas, o bloco sambou em frente ao bar Oásis, na rua José Bonifácio, dos proprietários e apoiadores Pedro e Silvia. Foto / SuperBairro