Além do retorno do Galinha D’Angola e do Lá Em Cuba, Em Cuba Lá, após dois anos de ausência devido à pandemia, um novo bloco, o Capivara Neon, estreou nas ruas do Jardim Maringá, registrando um crescimento da festa na região; veja álbum de fotos no final deste texto
DA REDAÇÃO
A região do centro novo de São José dos Campos destacou-se no Carnaval deste ano com a passagem de três blocos. Estima-se que o Lá Em Cuba, Em Cuba Lá, na quarta-feira (15), o Galinha D’Angola e o Capivara Neon, no domingo (19) reuniram um público de cerca de 30 mil pessoas.
O maior destaque coube ao Galinha D’Angola, bloco do Parque Vicentina Aranha, que a cada ano vem assumindo o papel de bloco das crianças. No domingo não foi diferente. Os organizadores estimaram o público em 25 mil pessoas.
Entre 9h30 e quase 13h, dois trios elétricos –um abrindo e outro fechando a passagem do bloco– lotaram as ruas e avenidas do trajeto: rua Prudente Meireles de Morais, avenida São João, rua Madre Paula, avenida Heitor Villa-Lobos, avenida Nove de Julho e, novamente, Prudente de Morais, nos bairros Vila Adyana, Jardim Apolo e Vila Ema.
Lá Em Cuba de volta
Na quarta-feira, o tradicional Lá Em Cuba, Em Cuba Lá levou mais de 1.000 integrantes e simpatizantes para ruas da Vila Adyana, Jardim Apolo, Jardim Maringá e Vila Ema. Criado em 2009 por um grupo de alunos em mestrado e doutorado e por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o bloco se concentra todos os anos em frente ao Vicentina Aranha e termina sua passagem na Savema (Sociedade Amigos da Vila Ema e Jardim Maringá).
Este ano marcou a volta do “Lá Em Cuba”, após dois anos de ausência devido à pandemia de covid-19.
Capivara estreia
Se a saída do Galinha D’Angola no domingo concentrou mais crianças e famílias, o bloco Capivara Neon, que fez sua estreia no Carnaval joseense, teve maioria de jovens e adultos. Os integrantes se concentraram a partir das 16h na praça Pedro Américo, no Jardim Maringá, e percorreram várias ruas do bairro, terminando sua evolução em frente ao bar Oásis, na rua José Bonifácio, um dos apoiadores do grupo, junto com os sindicatos dos Petroleiros e dos Químicos, entre outros.
Segundo Amanda Menconi, uma das porta-vozes do bloco, a avaliação foi bastante positiva. “No nosso primeiro Carnaval, não esperávamos um público tão grande, tanto em São José, quanto em Jacareí”, onde o bloco saiu na segunda-feira. A estimativa de público no Jardim Maringá ficou entre 2.000 e 2.500 foliões.
Apesar do sucesso, o Capivara ainda não se vê como um bloco do bairro. “Vamos fazer uma avaliação desse Carnaval, mas não existe nada definido quanto ao bloco ser do Jardim Maringá, ainda não sabemos onde vamos sair no ano que vem”, explicou Amanda.
O bloco nasceu da Batucada Resistência do Vale, que costuma realizar seus ensaios no Parque da Cidade, além de fazer o mesmo em Jacareí. Com perfil irreverente e politizado –tem vínculo com o PSOL local– o Capivara pôde comemorar neste Carnaval a vitória do candidato Lula na eleição de outubro.
Outra característica do grupo são as bandeiras da diversidade e da inclusão, dizendo-se aberto a todos os gêneros, incluída a comunidade LGBTQIA+, e abrindo espaço para os movimentos negro, feminista e de outras causas igualitárias.
O bloco deve recomeçar em breve os ensaios e convida quem quiser integrar o grupo a acompanhar os perfis Capivara Neon e Batucada Resistência do Vale no Instagram. “Precisamos de mais ritmistas e todos serão bem-vindos, não é preciso chegar sabendo tocar”, convidou Amanda.
Se tudo der certo, em 2024, pelo menos três blocos estarão nas ruas do centro novo de São José dos Campos. Bom para quem gosta de Carnaval e bom para os empresários de bares e restaurantes da região, que estiveram lotados durante a passagem dos foliões.
IMAGENS DO CARNAVAL NO ‘CENTRO NOVO’ DE SJC
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