Viver em comunidade pressupõe exercer a cidadania fazendo (também) pequenas ações para que a rua, o bairro e a cidade onde moramos sejam melhores e mais agradáveis. Tarefas simples. Nada além de nossas forças e possibilidades.
Temos o péssimo hábito de achar que o governo –seja municipal, estadual ou federal– é culpado de tudo, especialmente quando se carece de melhor qualidade de vida.
É verdade que, se quisesse, o governo poderia fazer muito mais e resolver boa parte dos problemas da população. Mas esta é uma questão política que depende muito, muito mesmo de como votamos nas eleições e se, depois, cobramos os eleitos. Nunca, nunquinha e em nenhuma hipótese, o voto pode ser carta branca para político algum fazer do mandato o que bem quiser.
Mas voltando à vaca fria, a pergunta é: como podemos colaborar? Fazendo nossa parte na convivência em sociedade. Eis alguns exemplos.
É importante que cada um cuide da calçada onde mora mantendo-a limpa e em boas condições para os passantes, priorizando as necessidades de idosos e deficientes físicos e visuais.
Sabe aquela árvore na calçada em frente da casa, que abriga os pássaros, melhora a temperatura e a qualidade do ar, e ainda colore e deixa a rua mais bonita? Pois saiba que ela precisa de água e outros cuidados. Poda e combate a pragas devem ser feitos por funcionários especializados da prefeitura, que têm critérios e recursos que eu e você não temos.
Quando descartado de qualquer jeito o lixo doméstico vira problema para todos, inclusive para o planeta. O lixo que produzimos deve ser bem acondicionado em saco plástico e colocado na rua no dia da recolha pelo caminhão, se possível fora do alcance de animais domésticos.
Metal, vidro, papel e plástico devem ser separados para a coleta seletiva, numa exemplar demonstração de consciência ecológica e respeito pela natureza. Vidros quebrados merecem cuidado especial para que partes pontiagudas ou cortantes não machuquem quem vai manuseá-los durante e depois da coleta.
E nada de entulho, móveis, equipamentos domésticos e material inservível na calçada ou no terreno baldio. É feio, fere a lei e –não custa lembrar– dá multa altíssima. O destino desses materiais deve ser sempre os Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) espalhados por 15 locais em São José dos Campos.
Viu? São tarefas simples do cotidiano que fazem o bairro mais alegre e a cidade mais feliz. E nos tornam cidadãos em pleno exercício da cidadania.
Quanto ao político que ajudamos eleger? Olho nele!
> Carlos José Bueno é jornalista profissional (MTb nº 12.537). Aposentado e no ócio, brinca. Com os netos e as palavras.