O milho é a lavoura mais prejudicada pela seca. Foto / Unsplash

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

O milho é o grão que mais sofreu com o impacto da escassez de chuvas no primeiro semestre, enquanto a soja cresce

 

ANA LÍGIA DAL BELLO

A falta de chuvas entre abril e maio baixou, pelo segundo mês seguido, a estimativa da safra de grãos para este ano. A informação é da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). De acordo com o levantamento da empresa, a atual projeção é de 262,13 milhões de toneladas, 9,57 milhões de toneladas a menos que o previsto em maio.

A produtividade do milho é a mais afetada pelas alterações do clima. A redução é de 6% em relação à colheita do ano passado.

Por outro lado, a colheita de soja aumentou 8,8% em relação a 2020. O crescimento de 11 milhões de toneladas coloca o Brasil em primeiro lugar no ranking de países produtores da oleaginosa.

A área total de plantação da soja também é maior este ano. São 68,7 milhões de hectares, o que representa 4,2% a mais que em 2020.  A soja se mantém campeã no país em área de plantio, com 1,6 milhão de hectares plantados a mais que no ano passado.

Preços ao consumidor

A colheita reduzida diminui a possibilidade de queda no preço dos produtos agrícolas. O feijão é exceção, mas trigo e arroz, por exemplo, devem continuar com preços elevados.

Outro fator que torna os alimentos agrícolas mais caros é a demanda de outros países e as taxas cambiais.