WAGNER MATHEUS
O Brasil atingiu, no início da tarde desta quinta-feira (29), a marca de 400 mil mortes por covid-19. O país é o segundo do mundo em número de vítimas da pandemia, iniciada em fevereiro de 2020, que atinge em 2021 a maior quantidade de mortes em espaço de tempo cada vez mais curto.
Enquanto os primeiros 100 mil óbitos ocorreram em cinco meses de 2020, os 100 mil completados nesta quinta-feira foram atingidos em 36 dias. Com isso, o balanço da doença em 2021 mostra mais mortes que em todos os meses de 2020 desde os primeiros casos da doença.
Em menos de quatro meses deste ano houve 203.367 mortes. De março de 2020, quando ocorreu a primeira morte no país, até dezembro, foram registrados 194.975 óbitos.
O patamar de 400 mil mortes por covid-19 no Brasil é como se a cidade de São José dos Campos tivesse perdido quase seis de cada dez de seus habitantes. Um corte de 54,79% no total de 730 mil moradores do município.
Estagnação no alto
Outros números da covid-19 no Brasil são igualmente preocupantes. Apesar de um recuo no número de mortes nos últimos dias –tendo atingido até 4 mil vítimas diárias –, depois disso houve uma queda nos óbitos, mas não o suficiente. Há mais de 40 dias, morrem mais de 2 mil pessoas diariamente no país, ou seja, a queda foi interrompida em um patamar excessivamente alto.
O volume de 400 mil mortes só é superado, no mundo, pelos Estados Unidos, com 574 mil. Porém, até esta quinta-feira os norte-americanos já haviam aplicado 234,6 milhões de vacinas em sua população, enquanto no Brasil o volume é de 41 milhões, com possibilidade de problemas com o fornecimento nos próximos meses.
Quanto ao número de infectados no país, já foram atingidos 14.541.806 de casos confirmados. Esse volume é ainda mais preocupante pelo perigo de maior letalidade da infecção devido às novas variantes do vírus, que infectam mais pessoas e mais rapidamente.