Nível de desemprego vem caindo no país desde o fim da pandemia de covid-19. Foto / Fernando Frazão/Agência Brasil

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Taxa é a menor para o período desde 2014; ao mesmo tempo, o número de pessoas ocupadas volta a crescer depois de dois trimestres em queda

 

DA REDAÇÃO*

A taxa de desocupação no país, no trimestre encerrado em julho de 2023, ficou em 7,9%. É o menor resultado para o período desde 2014, quando foi de 6,7%. O dado foi divulgado nesta quinta-feira (31) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado aponta uma redução de 0,6 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre encerrado em abril (8,5%) e de 1,2 p.p. ante o mesmo período do ano passado (9,1%). “Esse recuo ocorreu principalmente pela expansão do número de pessoas trabalhando”, explicou Adriana Beringuy, coordenadora da Pnad.

Alta na ocupação

O número de pessoas ocupadas voltou a crescer após dois trimestres em queda, chegando a 99,3 milhões, um aumento de 1,3 milhão em relação ao período de fevereiro a abril. Na comparação anual, o crescimento foi de 0,7% (mais 669 mil), o menor dos últimos nove trimestres seguidos de alta.

“Após a pandemia, tivemos um período de recuperação da população ocupada onde registramos aumentos intensos disseminados pelas atividades. À medida que esse processo de recuperação se consolida, os acréscimos voltam a ser mais influenciados pelas características econômicas e sazonais de cada atividade. Com isso, na perspectiva anual, o crescimento passa a ser menos intenso”, analisou Beringuy.

A população desocupada ficou em 8,5 milhões de pessoas, uma retração de 6,3% em relação ao trimestre anterior e de 3,8% se comparada ao mesmo período de 2022.

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Tipo de emprego

Na comparação trimestral, destaca-se o crescimento do emprego sem carteira assinada (4%, ou mais 503 mil pessoas) que somou 13,2 milhões de pessoas. Já no comparativo anual, chama atenção o contingente de empregados com carteira, que cresceu 3,4%, ou 1,2 milhão de pessoas, formando um universo de 37 milhões. O número de trabalhadores por conta própria (25,2 milhões) ficou estável ante o trimestre anterior e caiu 2,5% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

A Pnad revela que a taxa de informalidade –que leva em consideração trabalhadores sem carteira assinada em empresas e no serviço doméstico, e os que atuam por conta própria, mas sem CNPJ– ficou em 39,1%, índice semelhante ao trimestre anterior (38,9%).

Recuo na subutilização  

A pesquisa mostrou também que a taxa de subutilização ficou em 17,8%, representando queda de 3,1 p.p. no comparativo anual. São atualmente 20,3 milhões de pessoas desocupadas ou que trabalham menos que o número de horas que gostariam.

A população desalentada –pessoa que gostaria de trabalhar, mas desistiu de procurar emprego por acreditar que não conseguiria– soma 3,7 milhões, estável ante o trimestre anterior.

O rendimento médio do brasileiro ficou em R$ 2.935, estável na comparação com o trimestre anterior e com crescimento de 5,1% em relação ao trimestre encerrado em julho de 2022, já descontada a inflação do período.

 

*Com informações da Agência Brasil.

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