Ministra do Meio Ambiente diz que desmatamento da Amazônia continua caindo. Foto / Canva

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Ministra Marina Silva adiantou dados de monitoramento apontando que queda no desmatamento deve ter atingido 50% em setembro

 

DA REDAÇÃO*

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, adiantou nesta quinta-feira (5) que a redução do desmatamento na Amazônia deve alcançar 50%, no monitoramento de setembro. Em agosto, a queda do desmatamento no bioma registrou 48%.

“Provavelmente, nesse mês de setembro, vai aumentar um pouquinho, de 48% para 50%, a redução do desmatamento [na Amazônia]. No estado do Amazonas, a redução foi de 64% e uma redução de 50% nas queimadas”, celebrou Marina no 7º Fórum Nacional de Controle, que tem como tema “Desenvolvimento Sustentável e o Controle – Conectando Fiscalizações, Governança e Sustentabilidade”, evento organizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

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El Niño

A ministra também apontou os efeitos combinados do fenômeno natural El Niño e do aquecimento das águas do Oceano Atlântico no resultado das mudanças climáticas que acarretaram eventos extremos. Ela citou alguns efeitos do fenômeno, como as fortes chuvas no Rio Grande do Sul e, paralelamente, a seca nos rios do Amazonas e a morte de toneladas de peixes e de mais de 100 botos e tucuxis, porque a temperatura das águas dos rios chegou a 39ºC.

Por outro lado, Marina disse que o Brasil poderá ser um grande exportador de sustentabilidade. “Já temos o Plano de Transformação Ecológica, o Plano de Agricultura de Baixo Carbono e estamos com o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento para todos os biomas brasileiros. Não é fácil, mas com certeza, não é impossível. Sendo olhados, sendo vistos, criaremos o necessário constrangimento ético para toda a Humanidade de que o que estamos fazendo ainda é insuficiente”, afirmou.

A ministra defendeu um acordo para a questão ambiental, como ocorreu no sistema financeiro mundial, como forma de preservar a natureza. “Temos que fazer um acordo da Basileia também para o planeta. Só podem existir atividades se tiver lastro na natureza, capacidade de suporte da natureza. Se não tiver, essas atividades não podem ser feitas”, afirmou.

O Acordo da Basileia, de 1988, teve o objetivo de regular o funcionamento de bancos e outras instituições financeiras mundiais.

 

*Com informações da Agência Brasil.

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