Jacques Prévert
Numa caixa de palha trançada
O pai escolhe uma bolinha de papel
E a joga
Num pote d’água
Diante dos filhos intrigados
Surge então
Multicor
A grande flor japonesa
O nenúfar instantâneo
E as crianças emudecem
Maravilhadas
Depois disso nunca mais em sua lembrança
Essa flor há de murchar
Essa súbita flor
Feita para eles
Num piscar de olhos
Diante deles.
Jacques Prévert foi um poeta e roteirista francês. Após o êxito da sua primeira coleção de poesias, “Paroles”, em 1946, Prévert tornou-se um grande poeta popular graças à sua linguagem familiar, senso de humor, hinos à liberdade e jogo com as palavras. Nasceu em 4 de fevereiro de 1900 em Neuilly-sur-Seine (França) e morreu em 11 de abril de 1977 em Omonville-la-Petite, La Hague (França). Fonte: Wikipédia.
> Júlio Ottoboni é jornalista (MTb nº 22.118) desde 1985. Tem pós-graduação em jornalismo científico e atuou nos principais jornais e revistas do eixo São Paulo, Rio e Paraná. Nascido em São José dos Campos, estuda a obra e vida do poeta Cassiano Ricardo. É autor do livro “A Flauta Que Me Roubaram” e tem seus textos publicados em mais de uma dezena de livros, inclusive coletâneas internacionais.