São Sebastião: governo estadual diz que moradias para desalojados pelos deslizamentos de fevereiro começam a ser entregues neste mês. Foto / Governo de SP/Divulgação

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Entregas devem começar neste mês de outubro, no bairro Baleia Verde e na região de Maresias; governo destaca tecnologia inovadora para construções resistirem a ventos fortes e à maresia

 

DA REDAÇÃO

As primeiras moradias que estão sendo construídas pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) para abrigar famílias afetadas pelos deslizamentos ocorridos no mês de fevereiro no Litoral Norte estão previstas para entrega neste mês de outubro.

Segundo o Governo de São Paulo, até dezembro serão terminadas e entregues 772 moradias, com investimento de R$ 210 milhões, todas em São Sebastião, município mais afetado pelas chuvas. As moradias estão sendo construídas nas seguintes localidades:

– Bairro Baleia Verde (518 moradias) – Dois conjuntos habitacionais com um total de 30 edifícios de quatro pavimentos com quatro apartamentos de 41 m2 por andar; 20 casas térreas; 18 casas térreas para pessoas com deficiência; quatro centros de apoio aos condomínios.

– Maresias (186 moradias) – Seis edifícios de quatro pavimentos construídos em sistema de alvenaria estrutural, com 31 apartamentos de 41 m² por andar.

O governo informou que 20 dos 30 prédios já estão erguidos no bairro Baleia Verde e cinco dos seis prédios, em Maresias. Enquanto as moradias são construídas, famílias afetadas pela catástrofe estão em residências provisórias na Vila de Passagem, em São Sebastião, e em apartamentos da CDHU em Bertioga.

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Tecnologia

Ainda segundo o governo do estado, as moradias pré-fabricadas no Baleia Verde estão sendo erguidas por meio de um método rápido e inovador, com módulos de estrutura reforçada em sete camadas, o que torna as paredes impermeáveis e resistentes ao vento e à maresia. Para acelerar a entrega das 518 moradias previstas, a construtora contratada pela CDHU emprega painéis de madeira e placas estruturais. Os módulos são produzidos em modelo industrial, saindo prontos de fábrica. Em seguida, as placas são “montadas” já no espaço da instalação.

A técnica é bastante utilizada no exterior, especialmente em países e áreas que convivem com condições climáticas extremas. O modelo possui certificações que atendem às normas técnicas de desempenho (NBR), como isolamento térmico e acústico adequados.

As paredes externas têm 20cm de espessura, e as internas, 16cm. Todos os painéis são produzidos com os elementos elétricos, hidráulicos e as esquadrias –molduras de portas e janelas– embutidos. Isso quer dizer que ligações de água e instalações elétricas e de telefonia já estão fixadas na estrutura interna das paredes. Os componentes metálicos da construção são tratados para resistir à maresia.

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