Desta quarta até domingo, a cidade de Paraty vai sediar a 22ª Flip. Foto / Tânia Rêgo/Agência Brasil

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

O homenageado nesta edição é o escritor Paulo Barreto, o João do Rio, que deu voz no jornalismo para a população dos morros cariocas e, ao mesmo tempo, criou a crônica moderna

 

DA REDAÇÃO*

Com homenagem ao escritor, jornalista e dramaturgo Paulo Barreto (1881-1921), que usava João do Rio como pseudônimo literário, a 22ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) será realizada desta quarta-feira (9) a domingo (13). Assim como seu homenageado, a Flip deste ano também pretende levar para o centro dos debates a pluralidade de visões e sensibilidades do mundo contemporâneo.

Durante cinco dias, a maior festa literária do país vai promover discussões sobre temas atuais, como o impacto das queimadas. Com Pablo Casella e Txai Surui, a mesa Cessar o Fogo está marcada para sábado (12). Haverá também mesas sobre racismo, emergências climáticas, inteligência artificial e violência contra os povos indígenas.

Outro tema do evento é o enfrentamento ao ódio nas redes sociais, mesa que acontece na sexta-feira (11). No mesmo dia, a mesa Não Existe Mais Lá, vai tratar sobre os diários escritos por Atef Abu Saif, que estava em Gaza quando começaram os bombardeios, e por Julia Dantas, que viu seu bairro e sua casa serem invadidos pelas águas na enchente que atingiu Porto Alegre no início do ano.

Criada em 2003, a Flip é reconhecida como Patrimônio Histórico, Cultural e Imaterial do estado do Rio de Janeiro. Além de reunir personalidades do mundo da cultura e da literatura para conversas, palestras e lançamentos de livros, a festa também é uma manifestação cultural que promove ações de incentivo à formação de novos leitores.

APOIO / SUPERBAIRRO

João do Rio

O homenageado da Flip foi um dos autores mais importantes do início do século 20 no Rio de Janeiro. Além de crítico de arte e escritor de romances e peças de teatro, João do Rio foi um repórter diferenciado, narrando os acontecimentos do dia a dia de forma literária, unindo a reportagem e a literatura.

Foi o primeiro jornalista a subir os morros cariocas, tornando-se uma espécie de porta-voz de uma população que não encontrava espaço na imprensa. Quando começou a subir vielas e acompanhar manifestações culturais, observando de perto os hábitos de uma cidade que se transformava rapidamente, João do Rio criou um novo modo de fazer jornalismo e, ao mesmo tempo, a crônica moderna.

Mais informações sobre a Flip e sua programação completa podem ser obtidas no site do festival.

 

*Com informações da Agência Brasil.

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