Escolas públicas municipais e estaduais estão sendo protegidas pelas forças de segurança. Foto / Claudio Vieira/PMSJC

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

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As escolas públicas municipais e estaduais em São José dos Campos estão sendo protegidas pelos homens e mulheres da Guarda Civil Municipal e da Polícia Militar.

Em todas as regiões da cidade, há o patrulhamento preventivo com as viaturas da Atividade Delegada da PM e também pelo Programa de Ronda Escolar, no entorno das escolas estaduais.

Nas escolas da Prefeitura, além dos vigilantes das empresas particulares de segurança, há um guarda municipal designado para atender durante todo o período de aulas.

Além disso, há o sistema de câmeras internas, botão de pânico interligado ao sistema da GCM e monitoramento das câmeras inteligentes do CSI (Centro de Segurança e Inteligência) nas ruas próximas às escolas.

De acordo com o comandante do 46º Batalhão da PM, Wilker Lopes, o policiamento das escolas está sendo realizado por meio do convênio com a Prefeitura para a Atividade Delegada e também pelo Programa de Ronda Escolar da PM.

“A PM de São José dos Campos está sempre à disposição para atender às necessidades da população, principalmente diante de tantas mensagens falsas que estão circulando a respeito de insegurança nas escolas. Vamos continuar firmes no apoio à sociedade, professores, alunos e servidores, para que todos tenham a tranquilidade necessária”, disse.

PM durante patrulha na Escola Estadual Francisco Lopes de Azevedo, na região sul

Atuação conjunta

As ações de prevenção e controle de segurança no ambiente escolar contemplam as medidas anunciadas na última quarta-feira (12) por representantes da Justiça, da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Guarda Civil Municipal e de autoridades da cidade, com o objetivo de tranquilizar pais, responsáveis, profissionais da Educação e familiares e para atuarem em conjunto na prevenção, combate às fake news e reforço aos protocolos de segurança.

A partir dos episódios dos atentados nas escolas na capital paulista e em Blumenau (SC), em março, as forças de segurança de São José dos Campos, por meio do Programa São José Unida, estão empenhadas na apuração de todas as denúncias.

O juiz da Vara da Infância e Juventude de São José dos Campos, Marco César Vasconcelos e Souza, destaca que todos os poderes e autoridades locais estão unidos e empenhados para evitar, prevenir, enfrentar, apurar e punir os responsáveis por quaisquer atentados à lei e à ordem, restabelecendo a paz.

Investigações

Segundo a delegada Tatiana Braun de Mattos Anjo, titular da Diju (Delegacia de Polícia da Infância e Juventude), todos os casos apurados pela Polícia Civil se tratavam de trotes promovidos por adolescentes, de escolas públicas e particulares, que utilizavam principalmente as redes sociais como forma de divulgação das ameaças.

“É importante dizer aos pais, professores e diretores de escolas que todas as denúncias são apuradas pelos investigadores. E todas as situações esclarecidas até o momento foram descartadas, pois se tratavam de trotes, brincadeiras de mau gosto. Porém, os casos são levados a sério pela polícia e diligências são realizadas para averiguação. Em um desses casos, o adolescente disse que fez um perfil porque não queria ter aula”, revela a delegada.

O monitoramento das redes sociais é contínuo por parte dos investigadores, que identificam os casos e rastreiam os autores dos perfis para que sejam tomadas as medidas legais.

Também foram registrados casos de ameaças por meio de pichação nas escolas, comentários em redes sociais e áudios espalhados por aplicativos de mensagens. E até o momento todas essas situações foram esclarecidas e descartadas.

De acordo com a delegada, é importante ressaltar que, mesmo que a ameaça seja fake, os autores e ou os responsáveis respondem à Justiça por seus atos.

“As pessoas pensam que podem se esconder atrás do ambiente virtual e se esquecem que estão registradas em uma rede de dados. Ao serem identificadas, toda e qualquer pessoa poderá ser responsabilizada civil ou criminal por aquilo que faz no digital, afinal impacta diretamente a vida das pessoas e instituições”, afirmou Tatiana.