Ministro não fixa prazo para terceira dose da vacina contra a covid-19 no país. Foto / Marcelo Camargo/Agência Brasil

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Ministro Queiroga não falou em prazo, mas adiantou que reforço seria primeiro para idosos e profissionais da saúde

 

DA REDAÇÃO

O Ministério da Saúde já dá como certa a aplicação de uma terceira dose de vacina contra a covid-19. Nesta quarta-feira (18), o ministro Marcelo Queiroga antecipou que a terceira dose deverá começar pelos grupos prioritários, como os profissionais da saúde e os idosos.

No entanto, Queiroga não mencionou prazo. Segundo ele, a ideia é orientar o reforço da vacina “no momento em que tivermos todos os dados científicos e número de doses suficientes”, completando que ele deve se estender “a todos os imunizantes disponíveis”.

“Ainda não há evidência científica sólida de como deve ser, se deve ser o mesmo imunizante, outro, e qual o momento de fazer isso”, afirmou o ministro. “Pessoas com duas doses podem adoecer, inclusive em formas graves, mas se compararmos os que se vacinaram com duas doses e aqueles que não receberam a vacina, o benefício da imunização é incontestável.”

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OMS reprova

O OMS (Organização Mundial da Saúde) foi na direção contrária do governo brasileiro ao alertar que os estudos científicos ainda não chegaram a uma conclusão quanto a necessidade de uma terceira dose da vacina. A instituição se preocupa com o fato de países desenvolvidos e em desenvolvimento iniciarem a aplicação da terceira dose e isso afetar a distribuição da vacina aos países mais pobres.

“A terceira dose de uma vacina é o equivalente a dar um salva-vidas para quem já tem salva-vidas, e não dar um para quem está afogando”, disse Mike Ryan, diretor de operações da OMS.

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