Ato de rendição do Japão na 2ª Guerra Mundial. Foto / Reprodução

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Quase à beira da 3ª Guerra Mundial (exagero?!), o tema 2ª Guerra Mundial tem tomado parte do meu tempo nos últimos meses. Assisti a dois documentários sobre o assunto, li alguns livros e comecei a entender mais a fundo algumas questões.

O que mais me chamou a atenção foi o que houve por trás da decisão do governo dos Estados Unidos de detonar as duas bombas atômicas no Japão, em Hiroshima e Nagasaki, em agosto de 1945, resultando na morte de centenas de milhares de civis.

A clara intenção do imperador Hirohito em não ceder um milímetro nas negociações e não aceitar as condições de rendição (o que resultaria em milhões de mortes numa provável invasão do Japão pelas tropas americanas), obrigou o presidente Harry Truman a tomar a decisão que deu fim ao conflito. Exagero? Carnificina? Sim, mas poderia ser muito pior.

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Isso remete ao cenário atual. A Rússia prestes a invadir a Ucrânia, as potências europeias esperneando e o presidente Joe Biden ameaçando retaliar Putin. Vivi parte da Guerra Fria, era jovem ainda, mas lembro bem do jogo tenso entre a então União Soviética e os Estados Unidos, sempre à beira do caos nuclear, onde um simples apertar de botão (de ambos os lados) poderia determinar o fim do planeta.

Não acredito que esse conflito se materialize em tiros, bombas, invasões. Mesmo porque, segundo os “memes” que estão bombando hoje na internet, a visita (mais fora de hora, aliás) do presidente Bolsonaro a Putin parece ter acalmado o líder russo. Brincadeiras à parte, torço para que tudo se resolva na diplomacia. E que possamos viver muitos e muitos anos ainda.

 

> Henrique Macedo é jornalista (MTb nº 29.028) e músico. Mora há 40 anos na Vila Ema.

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