Nos seis primeiros meses de 2022, o IPCA-15 registra alta de 5,65%, estourando o teto da meta de 5% fixado pelo governo federal
DA REDAÇÃO
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou na manhã desta quarta-feira (24) o IPCA-15 de junho, que define a prévia da inflação no mês. A alta chegou a 0,69%, ficando acima dos 0,59% de maio, porém abaixo dos 0,83% de junho do ano passado. A taxa dos últimos doze meses chegou a 12,04%.
A meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano é de 3,5%, com tolerância para até 5%. Portanto, nos seis primeiros meses do ano o IPCA-15 marcou alta de 5,65% e já ultrapassou o teto da meta.
Segundo o IBGE, os vilões da alta de preços em junho estão sendo os alimentos e os combustíveis, além dos planos de saúde, que foram reajustados em maio. Como a prévia do IPCA-15 é calculada com base nos preços da primeira quinzena de junho e a segunda de maio, os últimos reajustes de combustíveis não entraram no índice divulgado, o que sinaliza novas pressões inflacionárias pela frente.
Quanto às regiões do país, todas as áreas pesquisadas tiveram alta em junho. A maior variação ocorreu em Salvador (1,16%), enquanto a menor foi verificada em Belém (0,18%). Em São Paulo, a alta foi de 0,79%, ficando acima dos 0,69 do índice nacional.
Como é calculado
Para o cálculo do IPCA-15 de junho, os preços foram coletados entre 14 de maio e 13 de junho e comparados com os vigentes de 14 de abril a 13 de maio. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia é a mesma do IPCA, sendo que a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.