Inverno de 2023 no Sudeste: menos frio e menos chuvas. Foto / Marcelo Camargo/Agência Brasil

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Nova estação teve início nesta quarta-feira e se prolonga até o dia 23 de setembro; El Niño pode durar de seis meses a dois anos

 

DA REDAÇÃO*

O inverno brasileiro começou às 11h58 desta quarta-feira (21) e vai até às 3h50 do dia 23 de setembro. Este ano, a estação mais fria do ano terá temperaturas mais amenas por causa da influência do El Niño.

O El Niño consiste no aquecimento das águas do Oceano Pacífico na região da Linha do Equador, com mudança na circulação de ventos e na distribuição de chuvas em todo o planeta. Por isso, neste inverno a previsão é de chuvas abaixo da média nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste, com maiores volumes no Sul.

“Geralmente, o impacto que o El Niño causa no Brasil é a redução de chuvas nas regiões Norte, Nordeste, enquanto no Sul e Sudeste é observado aumento das chuvas. No caso da temperatura, existe uma tendência de elevação em grande parte do país e esse aumento pode elevar o risco de queimadas no Brasil Central. Dessa forma, teremos um inverno menos rigoroso por conta do El Niño”, explica a meteorologista Danielle Ferreira, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Ela não descarta a entrada de massas de ar frio e formação de geadas em áreas de maior altitude nas regiões Sul e Sudeste.

Conforme prognóstico divulgado pelo Inmet, a queda de temperatura pode provocar dias de friagem nos estados de Mato Grosso, Rondônia, Acre e sul do Amazonas.

Arte / Agência Brasil

El Niño

A chegada do El Niño foi confirmada neste mês pelo Centro de Previsão Climática da Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (Noaa). A tendência é que o fenômeno atue durante o inverno.

O El Niño é caracterizado pelo aquecimento anormal e persistente da superfície do Oceano Pacífico na região da Linha do Equador, podendo se estender desde a costa da América do Sul até o meio do Pacífico Equatorial.

Durante a influência do fenômeno, a temperatura das águas chega a subir 0,5º C entre seis meses e dois anos. Um dos efeitos que pode causar no Brasil é elevar o risco de seca no Norte e Nordeste e provocar grandes volumes de chuva no Sul.

 

*Com edição do SuperBairro.

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