Salles: saída em meio a investigações da Polícia Federal e com desmatamento da Amazônia em alta. Foto / Lula Marques/Fotos Públicas

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Ex-ministro sai após operação da Polícia Federal e com desmatamento da Amazônia em alta

 

DA REDAÇÃO

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pediu demissão ao presidente Jair Bolsonaro nesta quarta-feira (23) e já foi substituído por Joaquim Álvaro Pereira Leite, que até então era secretário de Amazônia e Serviços Ambientais do ministério.

O ex-ministro vinha sendo investigado pela Polícia Federal para apurar se ele determinou o afrouxamento do controle sobre a exportação de madeira pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

Denominada Operação Akuanduba, a investigação da PF fez buscas e apreensões em endereços de Salles e de outras 21 pessoas supostamente envolvidas. A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

O ex-ministro alegou questões familiares para deixar o cargo. Em entrevista à Imprensa no Palácio do Planalto, logo após o pedido de exoneração, Salles disse que estava saindo da “forma mais serena possível”.

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Desmatamento em alta

O período de Ricardo Salles no Ministério do Meio Ambiente coincide com a maior alta no desmatamento da Amazônia nos últimos dez anos, segundo monitoramento por satélite feito pelo Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia).

Novo ministro

Além de secretário da pasta Amazônia e Serviços Ambientais, Joaquim Álvaro Pereira Leite também atuou no Departamento Florestal do ministério entre 2019 e 2020. Na vida privada, foi ligado por mais de 23 anos à SRB (Sociedade Rural Brasileira), que representa o setor agropecuário.