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Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

DA REDAÇÃO

Instituto norte-americano prevê 3ª onda a partir de maio

Previsão nada animadora do Instituto de Métricas de Saúde e Avaliações da Universidade de Washington (EUA) projeta 576 mil mortes por covid-19 no Brasil até o início de agosto.

O cenário pode ser ainda mais preocupante, segundo o instituto, ao prever uma terceira onda a partir deste mês que pode elevar os números para mais de 688 mil óbitos. A terceira onda pode ter início a partir de 21 de maio, com pico de mortes em 4 de julho.

A estimativa leva em conta a regressão no número de contaminações pela distribuição de vacinas, mas aponta, na contramão da queda, piora por causa das variantes do novo coronavírus.

E ainda pelo relaxamento nas medidas sanitárias por parte das pessoas vacinadas, que tendem a adotar as mesmas condutas de circulação de antes da pandemia. O imunizante protege da doença e reduz a carga de transmissão, mas não elimina por completo o risco de contaminação.

Fase de transição em SP é prorrogada

Está prorrogada até o dia 9 a fase de transição do Plano São Paulo. A transição foi adotada diante da reversão da tendência de crescimento das internações. No entanto é fundamental que, mesmo com a redução dos índices, a população mantenha as medidas de distanciamento, uso de máscaras e higiene das mãos. O detalhamento dos dados da pandemia no estado de São Paulo está disponível no site www.saopaulo.sp.gov.br/coronavirus.

Mais da metade da população tem muito medo da covid-19

Maioria dos brasileiros já perdeu alguém próximo para a covid-19, entre parentes, amigos e colegas de trabalho. O índice é de 75%, de acordo com pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A doença provoca um medo grande, ou muito grande, em 56% da população, aponta o estudo “Os brasileiros, a pandemia e o consumo”. Realizado pelo Instituto FSB Pesquisa, ele mostra que o receio aumentou na comparação com julho do ano passado, quando o percentual era de 47%.

No levantamento, 89% dos entrevistados afirmaram que consideram a pandemia grave ou muito grave. O índice está um pouco acima dos 84% da última pesquisa, realizada em julho de 2020.

O estudo aponta que a relação dos brasileiros com a pandemia traz impactos diretos para a atividade econômica. Em nota, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, diz que enquanto não houver uma vacinação em massa, a covid-19 será motivo de grande preocupação para a população. “E isso afeta o funcionamento das empresas e dificulta a esperada retomada da economia”, conclui Andrade.

A pesquisa ouviu 2.010 pessoas a partir de 16 anos de idade, em todo o país.