DA REDAÇÃO
Anvisa autoriza uso emergencial de coquetel contra covid-19
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta terça-feira (20) o uso emergencial de uma combinação de medicamentos contra a covid-19. Trata-se de um coquetel com dois remédios experimentais desenvolvidos pela farmacêutica Roche: casirivimabe e imdevimabe.
Os medicamentos são de uso restrito a hospitais, o que que significa que não são vendidos em farmácia. Ambos são administrados por infusão intravenosa e, de acordo com o que indicam os estudos, bloqueiam a entrada do vírus na célula.
O coquetel não é recomendado para prevenção da covid-19, nem para pacientes em estado grave. Tem se mostrado eficaz quando usado no início do tratamento de pessoas com 12 anos ou mais, pesando, no mínimo 40 kg, que não necessitam de suplementação de oxigênio.
Esse coquetel foi aprovado para uso emergencial nos Estados Unidos, Canadá e Suíça e também teve recomendação de uso pela agência europeia de medicamentos. Fez parte do tratamento do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quando ele teve diagnóstico positivo para covid-19.
Vale lembrar que o uso combinado dessas duas drogas não substitui as vacinas contra o coronavírus.
Sputnik V apresenta 97,4% de proteção, dizem russos
A eficácia da vacina Sputnik V contra a covid-19 é de 97,4%, afirmam pesquisadores da Rússia. O dado faz parte de estudo do instituto russo de pesquisa Gamaleya e do Fundo Russo de Investimento Direto.
A pesquisa abrangeu 3,8 milhões de pessoas que foram vacinadas na Rússia entre 5 de dezembro de 2020 e 31 de março de 2021. De acordo com os pesquisadores russos, 35 dias após a aplicação da primeira dose, a taxa de infecção foi de apenas 0,27%.
Os resultados do estudo ainda precisam ser validados e revisados por outros cientistas. Em fevereiro, a revista científica The Lancet apontou que a Sputnik V tinha eficácia de 91,6%.
Verba da covid vai para laboratório não emergencial
Projeto de construção de laboratório de biossegurança nível 4 no Brasil recebeu R$ 2 milhões da verba destinada à covid-19. A infraestrutura da obra tem previsão de término em dezembro de 2022, mas não tem nenhuma ligação com as pesquisas ou medidas de enfrentamento da pandemia.
O Tribunal de Contas da União (TCU) identificou a destinação da verba para o projeto na prestação de contas do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. No mês passado, o TCU recomendou que os recursos não sejam direcionados ao estudo por infringir a lei. As Medidas Provisórias 929 e 962/2020 liberaram as verbas para combater a crise de covid-19. O parecer do TCU relata que não se trata de iniciativa de caráter urgente para uso de recursos autorizados para despesas urgentes e imprevisíveis.
Os laboratórios de nível de biossegurança, chamados NB4 (que é o grau de periculosidade) são indicados para trabalhos com agentes exóticos e perigosos que exponham a alta contaminação de infecções que possam ser fatais. Destinam-se à manipulação de microorganismos da classe de risco 4. O Sars-Cov-2 está na categoria 3.