O joseense Fernando Lopes e sua Máquina de Fazer Poesia. Foto / Divulgação

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Máquina de Fazer Poesia criada por Fernando Lopes é programada para produzir poemas, sem repetição, a partir da escolha de palavras pelo usuário

 

DA REDAÇÃO

À primeira vista, nada mais distantes que uma máquina e um poema. Mas só à primeira vista. Foi este o desafio a que se impôs o especialista em informática Fernando Lopes, ele mesmo um praticante voraz do hábito de ler e de escrever poesia.

O que Fernando fez durante anos foi, basicamente, juntar o seu hobby com a experiência em linguagem de computadores para criar a Máquina de Fazer Poesia.

Trata-se de um aplicativo que gera poemas e textos de forma aleatória, ou seja, algo não determinado por regras fixas e, portanto, sujeito ao acaso, ou mesmo às leis das probabilidades.

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35.700 palavras

Em seu formato original, a yPoemas tem 144 temas inscritos e um total de 35.700 palavras, divididas em bancos próprios para cada um dos temas.

Esta é a matéria-prima com a qual o/a poeta poderá criar um novo poema. O usuário da máquina escolhe o tema, o aplicativo seleciona e embaralha aleatoriamente as palavras do banco e as reorganiza em um novo texto. Pronto. Está criado um novo poema. Com um detalhe: ele é único, original e diferente de qualquer poema ou texto anterior.

O criador do aplicativo explica também que “a máquina deixa de ser máquina quando, a cada nova geração de um texto, o acaso é quem define o sorteio das palavras que farão parte dele”. E acrescenta: “Os poemas foram minuciosamente programados para acontecer à própria sorte”.

O objetivo da Máquina de Fazer Poesia é explorar todas as possibilidades, variações, nuanças, matizes, sutilezas, mistérios e contrastes. “Os yPoemas são essencialmente vivos e em mutação”, conclui.

A originalidade está na virtualmente inexistente possibilidade matemática de que um poema se repita. Ela vai depender da quantidade de opções nos bancos de palavras definidos nos temas. O número varia de alguns milhões a valores quase astronômicos.

A Máquina de Fazer Poesia tem tido seu uso disseminado entre os mais diversos públicos apreciadores das palavras e do que se pode criar com elas. Tem sido adotado por estudantes, professores de letras, leitores de poesia e, por que não, por “fazedores” de poesia.

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 Quem é Fernando Lopes

Nascido em São José dos Campos (SP) em 8 de junho de 1952, Fernando Lopes tem 69 anos de idade. Desde a juventude, enquanto se especializava no desenvolvimento de softwares para empresas de comércio e serviços, nunca se afastou do movimento cultural da cidade.

Músico, seu instrumento de trabalho é a flauta transversal. Proprietário de bar noturno nos anos 80, estimulou grupos musicais, poetas, autores e cantores da época.

Fernando também deu vazão à sua curiosidade cultural viajando por vários países, principalmente da Europa e Ásia. Morou por cinco anos em Paris.

Para acessar

Entre no link:

https://share.streamlit.io/nandoulopes/ypoemas/main/ypo.py

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