A obra aborda a vida e a trajetória sacerdotal do padre, que é considerado “venerável” pelo Vaticano
DA REDAÇÃO
Nesta terça-feira (27), dia do aniversário da cidade, um dos personagens mais conhecidos e cultuados da história de São José dos Campos ganha um livro contando sua trajetória: o padre Rodolfo Komorek.
Será lançada no Museu do Folclore a obra Do Cemitério ao Altar – Um estudo sobre a devoção e o processo canônico do Padre Rodolfo Komórek*, de autoria do joseense Hugo Ricardo Soares, historiador, mestre e doutor em antropologia social.
O lançamento será realizado às 16h, com transmissão ao vivo no Facebook do museu (facebook.com/museudofolclore/). Trata-se do 27º volume da coleção Cadernos do Folclore, projeto desenvolvido pelo Museu do Folclore desde 1987, em parceria entre a Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR) e o CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), entidade gestora do museu.
Além do autor, também participará do lançamento a folclorista Angela Savastano, vice-presidente do CECP.
Após o lançamento, a versão impressa do livro poderá ser retirada na Biblioteca Maria Amália Côrrea Giffoni, no Museu do Folclore. É preciso fazer agendamento pelo e-mail bibliotecadomuseu@gmail.com. A versão digital será publicada no site do museu a partir do dia 27.
O autor
Hugo Ricardo Soares, 41 anos, é graduado em história, além de mestre e doutor em antropologia social pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Atualmente, é pesquisador do LAR (Laboratório de Antropologia da Religião) da Unicamp e integra um grupo de pesquisa na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
“É a minha primeira obra e quero escrever mais. Ando com algumas ideias, talvez escrever um livro sobre santidade no Brasil”, revela Soares.
Segundo Rômulo Paula, membro do secretariado para a causa da canonização do Padre Rodolfo, a parceria de Hugo Soares com o Memorial Padre Rodolfo é antiga. “Ela começou por volta de 2005 e tem sido uma contribuição importante para a causa da canonização”, reconhece.
Padre Rodolfo
O padre Rodolfo Komorek nasceu no dia 11 de outubro de 1890, em Bielsko, na Polônia. Chegando ao Brasil em 1924, foi enviado para dar atendimento espiritual aos colonos poloneses de Dom Feliciano (RS). Transferido para o Vale do Paraíba, foi sacerdote inicialmente em Lavrinhas, quando começou a apresentar os primeiros sintomas da tuberculose que o mataria.
O padre veio morar em São José dos Campos no início da década de 1940, onde, depois de intensa atuação, morreu no dia 11 de dezembro de 1949. Seus restos mortais estão depositados, desde 1983, na Capela Menino Jesus de Praga, erguida na área da Paróquia Sagrada Família, na Vila Ema, região central da cidade.
Em São José, o padre Rodolfo empresta seu nome ao cemitério da região central, a uma rua da Vila Ema e a um instituto de padres salesianos. Junto à capela, está o Memorial Padre Rodolfo, onde funciona um museu dedicado à sua vida e obra. O processo junto ao Vaticano para sua beatificação e canonização já lhe rendeu o título de venerável.
*Embora o registro do nascimento do padre Rodolfo seja grafado com acento (Komórek), o Memorial Padre Rodolfo utiliza o sobrenome sem acento (Komorek) baseado no fato de o próprio padre ter assinado seus escritos e documentos sem a acentuação.