Taiguara
Mudou
Mudou o tempo e o que eu sonhei pra nós
Mudou a vida, o vento, a minha voz
Mudou a rua em que eu te conheci
Mudou
A ilusão da paz do nosso amor
Mudei as rimas do meu verso cru
E o sol mudou de cor meu corpo nu
Mudou
O impulso aflito de dizer que não
A lua é nova e é nova a informação
Muda meu céu e vai mudar meu chão
A terra ardeu e o céu desmoronou
E há o que fazer e a flor não me ensinou
E há o que saber e o sonho não mostrou
Mudou
E vai mudar enquanto eu não morrer
E vai mudar pro amor sobreviver
Vê se me entende eu mesmo não mudei
Eu sou o mesmo livro, podes ler
Eu sou o mesmo livre pra dizer
Que eu amo ainda
Que eu quero ainda
Te espero ainda
Pro amor
Taiguara Chalar da Silva foi cantor, compositor e instrumentista. Nasceu em 9 de outubro de 1945, em Montevidéu (Uruguai), durante uma temporada de espetáculos de seus pais, o bandoneonista e maestro Ubirajara Silva, e sua mãe, Olga Chalar, uruguaia e cantora de tango. Radicado no Brasil, estabeleceu-se na Música Popular Brasileira junto a nomes como Chico Buarque e Toquinho após participar, ser finalista e ganhar uma série de festivais nos anos 1960. Teve mais de 60 canções censuradas pelo regime militar (1964-1985) entre os anos de 1972 e 1973. Morreu em São Paulo (SP), em 14 de fevereiro de 1996, vítima de câncer. Fonte: Wikipédia
> Júlio Ottoboni é jornalista (MTb nº 22.118) desde 1985. Tem pós-graduação em jornalismo científico e atuou nos principais jornais e revistas do eixo São Paulo, Rio e Paraná. Nascido em São José dos Campos, estuda a obra e vida do poeta Cassiano Ricardo. É autor do livro “A Flauta Que Me Roubaram” e tem seus textos publicados em mais de uma dezena de livros, inclusive coletâneas internacionais.