É o primeiro registro da subvariante no Brasil; das quatro pacientes internadas com a nova cepa, três receberam alta e uma morreu
DA REDAÇÃO*
A Secretaria de Saúde de Mato Grosso informou ter identificado uma nova subvariante da covid-19, a JN 2.5, uma variação da ômicron. “Esse é o primeiro registro da subvariante no Brasil”, destacou a pasta.
Em nota, a secretaria detalhou que o laboratório central do estado sequenciou e identificou a nova subvariante em pesquisa realizada entre os dias 16 e 18 de janeiro. Ao todo, quatro pacientes do sexo feminino testaram positivo para a nova cepa e foram hospitalizadas.
Três pacientes receberam alta médica, estão estáveis e seguem em isolamento domiciliar sob acompanhamento da vigilância municipal. Já a quarta tinha doença pulmonar obstrutiva crônica e morreu. “No entanto, a equipe de vigilância da SES [Secretaria de Estado de Saúde] ainda investiga o caso e não é possível afirmar que a causa da morte foi a covid-19”, acrescentou a nota.
O governo de Mato Grosso pediu que a população evite pânico e mantenha-se em alerta para sintomas gripais. As orientações incluem ainda o uso de máscara em caso de gripe ou resfriado e higienizar as mãos com sabão ou álcool 70%, além de vacinar-se contra a doença.
Além do Brasil, a subvariante JN 2.5 também foi identificada no Canadá, França, Polônia, Espanha, Estados Unidos, na Suécia e Reino Unido.
Covid em 2024
Em informe divulgado no último dia 13, a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, do Ministério da Saúde, com base em dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), revelou que nas últimas semanas de 2023 foram registrados aumentos na notificação de novos casos de covid-19 em todos os continentes. O órgão alertou que “outras doenças respiratórias, como a influenza, também merecem atenção devido ao aumento gradual no Brasil e em outros países, o que pode estar contribuindo para o crescimento de casos de covid”.
No Brasil, ainda segundo o informe, nas duas primeiras semanas epidemiológicas de 2024, foram notificados 54 mil casos e 361 óbitos pela doença, sendo 34.050 casos e 260 óbitos na segunda semana, “sinalizando aumento tanto no número de casos quanto no número de óbitos, quando comparada com a semana [epidemiológica] anterior”. Segundo o texto do ministério, a concentração de municípios com maior incidência de casos está nas regiões Nordeste e Sul do país.
*Com informações da Agência Brasil e da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde.