Como costuma ocorrer sempre que o tema é o Holocausto, o filme provoca fortes emoções. Foto / Divulgação

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Este é mais um bom filme que tem como pano de fundo o Holocausto, cujos rastros ainda não foram de todo apagados. Baseado no livro “The Song of Names”, do jornalista musical britânico Norman Lebrecht, conhecemos a história de Martin Simmonds (Tim Roth: “Era Uma Vez em Hollywood”, “A Negociação”, série “Lie to Me”), que há décadas busca o irmão adotivo Dovidl Rappaport (Clive Owen: “Duplicidade”, “Closer – Perto Demais”, “O Plano Perfeito”), um violinista prodígio que desapareceu pouco antes de seu primeiro grande concerto internacional.

Judeu, em 1939 Dovidl foi levado pelo pai aos novos tutores, em Londres, para que desenvolvesse o seu talento. O ciúme inicial de Martin vai cedendo, permitindo a aproximação dos irmãos, que acabam por criar fortes laços. Dovidl, garoto arrogante e de natureza rebelde, vive em busca de informações sobre a família, que não conseguiu sair da Polônia, chegando à rejeição total da fé judaica por entender que foi ela a causadora do nazismo.

O filme é feito de flashbacks e vai aumentando no telespectador a curiosidade pelo motivo do desaparecimento de Dovidl, enquanto o irmão não desiste de procurá-lo em diferentes países. O ápice da emoção explica o título do filme: “O Cântico dos Nomes” se refere à leitura em voz alta dos nomes dos judeus vítimas do Holocausto, que morreram no campo de concentração de Treblinka; cada nome é lido como uma oração cantada, ao som de um violino.

Extremamente sensível, para que lembremos de nos manter em permanente estado de alerta ao mínimo sinal de horrores como esse. Disponível na Netflix.

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Série

Reaprendendo a viver: médico tem últimos 12 anos de vida apagados da memória. Foto / Divulgação

‘Doc – Uma Nova Vida’

Eis uma boa série italiana disponível na Amazon Prime Video! Com alguns clichês, ela nos traz o prestigiado e charmoso dr. Andrea Fanti (Luca Argentero: “Atirador de Elite”, “Comer, Rezar, Amar”), médico aparentemente frio e antipático, que transita entre os problemas familiares e profissionais.

Vítima de um disparo de arma de fogo dentro do hospital em que trabalha, Andrea entra em coma profundo e, ao acordar depois de várias semanas, descobre que teve traumatismo craniano grave, levando-o à perda da memória dos últimos 12 anos de sua vida. Fragilizado, torna-se apenas mais um paciente do hospital e se vê reaprendendo a viver.

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> Tila Pinski é jornalista (MTb 13.418/SP), redatora e revisora de textos, coordenadora editorial e roteirista. Cinéfila, reside há 11 anos na Vila Ema.

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